sábado, 22 de fevereiro de 2014

Pure Rock: As piores chamadas de música do metal



Sabe aquele seu disco do Iron Maiden ao vivo que você coloca na vitrola e sabe que vem um "Scream for me" bem forte seguido do nome da música? A chamada de uma música é tão importante quanto a própria música em si, porque ela é que dá a base da "instiga" para a estourada daquele clássico. Mas, se sempre fosse assim era tudo bom demais. Então, sem mais enrolação na chamada desse "Pure Rock", vamos repassar as piores chamadas de música da história do metal, até então, porque cada dia aparecem novas.

#1 - Blind Guardian - Journey Through the Dark (Somewhere Far Beyond, 1992)

Começando pela mola mestra de todas as chamadas de música. No seu excelente álbum ao vivo, Tokyo Tales (1995), Hansi Kursch (vocalista do Blind Guardian) conseguiu surpreender a todos - logo no início do show - com uma das piores chamadas que já escutei para uma música. A vítima? Logo uma das minhas favoritas, Journey Through the Dark.

Em tradução-livre:
"...Esta é a melhor turnê que já fizemos até agora, é inacreditável como vocês estão sendo legais com a gente e gostaríamos de agradecer por isso, muito obrigado" - até aí tudo bem, agora se preparem - "Enfim, nós viemos para cá no último domingo de avião, e viajamos à noite, então foi uma jornada pelo escuro. O que é também o nome da próxima música: 'Journey Through the Dark'"
 


#2 - Stratovarius - Father Time (Episode, 1996)
Kotipelto conseguiu se superar no quesito criatividade na chamada de Father Time no Visions of Europe (1998), ao vivo clássico do Stratovarius ainda com a sua formação original. O show é impecável, a qualidade da banda é indiscutível e as músicas estão soando melhor do que nunca. Mas, tinha que aparecer o mestre da voz aguda para introduzir um dos maiores clássicos do Stratovarius, Father Time, da melhor forma possível - como os clássicos merecem, não?

Em tradução-livre:
"...Essa próxima música fala sobre 'pai' e sobre 'tempo', então se chama 'Father Time'"
 

#3 - My Dying Bride - Your River (Turn Loose the Swans, 1993)
Essa agora vai dedicada ao grande Dalmo, que foi quem me apresentou essa pérola. O vocalista Aaron Stainthorpe não fez nada demais na chamada da música, se você ler o que foi dito, mas ele deu uma desafinada "brutal" ao dizer o nome da banda, e só por causa disso já merece entrar nas piores chamadas. Imagina o Bruce Dickinson desafinando quando fosse dizer "We're Iron Maiden", simplesmente não cabe na minha cabeça.

Em tradução-livre:
"Boa noite Eidhoven, nós somos da Inglaterra, nós somos o My Dying 'Braaaaaide'"



#4 - Iron Maiden - The Evil That Men Do (Seventh Son of a Seventh Son, 1988)

Falando em Bruce Dickinson, ele não escapou. Vamos vir com Iron Maiden em dose dupla. No Rock In Rio de 2001, Bruce Dickinson - voltando ao Iron Maiden - conseguiu superar todas as chamadas de todas as turnês do Iron Maiden. Ele tentou inovar e anunciar as músicas de um jeito bem diferente do que cada um fez. Apesar de ser o melhor show da história do Iron Maiden, o Rock In Rio (2002) possui uma das piores chamadas de música de toda a história do metal. A chamada de The Evil That Men Do não é necessariamente ruim, mas só pelo fato do Bruce ter citado Shakespeare antes dela, faremos menção. Imagine o Lemmy citando Sócrates antes de Ace of Spades, não rola, Bruce, desculpe-me, por mais que a música seja influenciada pelo cara.

Em tradução-livre:
"A bondade dos homens está enterrada com seus ossos, mas a maldade dos homens continua vivendo..."


#5 - Iron Maiden - Fear of the Dark (Fear of the Dark, 1992)

O Bruce estava realmente inspirado no Rock In Rio, logo após The Evil That Men Do ele não perdeu tempo e mandou logo outra pérola, justamente em Fear of the Dark. O grito "Fear..of..the..Daaark" que ele usava em 92 foi substituído pela pior chamada de música do Iron Maiden, resultado esse que hoje em dia a banda simplesmente começa a tocar logo a música e não espera por outra deixa dessa do Bruce. Confesso que até hoje não consegui entender o sentido dessa frase, veja por por si só.

Em tradução-livre:
"Uma luz na escuridão ou apenas medo do escuro" (se alguém tiver uma tradução alternativa para isso, segue a frase original: "A light in the black, or just Fear of the Dark", postem nos comentários)


#Menção honrosa
Não poderia deixar passar em branco o autointitulado "porta-voz do Metal brasileiro". Como não dava para resumir tudo em uma única música, fica aqui a menção honrosa para todas as chamadas de música do Thiago Bianchi.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Um Rock Sulista no Brasil, sim



Muitos dizem que não se pode ter rock sulista no Brasil, claro que pode. Estamos na América do Sul, não? Brincadeiras a parte, o rock sulista difundido nos Estados Unidos, nos anos 70, é um dos meus estilos favoritos. Bandas como o Creedence Clearwater Revival, .38 Special e a lenda Lynyrd Skynyrd levantaram a bandeira desse estilo e até hoje - mesmo depois do quase fim da maioria das bandas - consegue atrair milhares de fãs para essa vertente do rock'n'roll.

E para quem acha que esse som só ficou lá no rio Mississippi, está muito enganado. O Brasil vem demonstrando ao longo dos anos que tem um pouco de raiz sulista americana na sua música. A maioria das bandas ficam no eixo sul-sudeste do Brasil, por isso aqui no Nordeste o estilo não foi muito difundido.
O Bando do Velho Jack.
O maior porta-voz do estilo aqui no Brasil é o Southern Rock Brasil (acesse o site AQUI). Um site que dedica seu espaço para espalhar o rock sulista pelo Brasil, o que acabou por incentivar a formação de novas bandas. Ao longo dos anos eles foram lançando coletâneas, justamente com essas novas bandas que foram surgindo. Confesso que acompanhei pouco, baixei os dois primeiros volumes da Southern Rock Brasil Collection, o que me proporcionou o contato com bandas como Blackberry Smoke, Drive-by Truckers, Razonator e - os que acabaram sendo tema de postagem aqui no Rock'N'Prosa -, Phillip Long e O Bando do Velho Jack. O Velho Jack, diga-se de passagem, é uma das minhas bandas nacionais favoritas de todos os tempos, as músicas esbanjam criatividade - inclusive, encontrei para vender em uma das minhas idas a São Paulo/SP, junto com meu irmão, o DVD deles ao vivo no Som da Mata. Pode se dizer que é um item raro.
capa da Southern Rock Brasil Collection 8.
Pois bem, na semana passada, o pessoal do Southern Rock Brasil lançou o volume 8 de sua coletânea. Eu sei, estou atrasado. Mas, não pude deixar de reparar no número. O novo volume trás 25 músicas de 25 bandas nacionais diferentes, misturando blues e country no melhor estilo rock sulista americano/brasileiro. O que me chamou a atenção foi que nenhuma dessas 25 bandas está nos dois primeiros volumes da coletânea. Sinal de que o estilo está sendo difundido pelo Brasil e novas bandas estão surgindo.
Hellbilly Rebels.
A coletânea começa logo com o feeling puro do Anderson Carmelo Trio, seguido do peso do Antic - que do jeito que a mídia está hoje, pode ser confundido com stoner, Deus nos livre disso -. O Caixa Preggo trás um country muito bem humorado - quase naquele estilo Kleiton e Kledir -, linha que o Hellbilly Rebels também seguiu, só que adicionando mais rock ao pacote - lembrando até um pouco o trabalho do Zakk Wylde no Pride & Glory. O lado mais pesado volta a ser explorado na coletânea pela Sociedade Voodoo, um rock'n'roll riffado de excelente qualidade.

Então, para você que quer conferir essa safra de bandas de Southern Rock brasileiro, pegue a estrada e vá até o Southern Rock Brasil e baixe esse e os volumes anteriores (acesse AQUI), vale muito a pena.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

ProsaCast #0 - ...em pré-produção


Olá fãs de rock'n'roll. No ano passado, escutando os diversos poscasts que existem na internet - maioria de excelente qualidade, por sinal -, tive a ideia de levar a nossa prosa a outro nível, a um nível em que pudéssemos discutir melhor as coisas, e não ficar enxendo vocês apenas com a minha opinião - como fiz nesses quase 4 anos de Rock'N'Prosa.

Quando idealizei a coluna "A Letra" - há alguns anos atrás - mantive isso em mente, motivo pelo qual sempre convidava fãs de rock'n'roll para comentar as letras. Mas, ainda não estava satisfeito, o nível de interatividade que desejava não podia ser alcançado apenas por aqueles comentários deixados sobre a letra.

Com isso, mesmo sem ter muito conhecimento sobre o assunto, decidi criar o "ProsaCast", o podcast do Rock'N'Prosa. No ProsaCast pretendo estender as discussões do Rock'N'Prosa com os nossos amigos webleitores. Já estou com algumas pautas em mente para os programas. Claro, que sempre o assunto será ligado ao rock'n'roll, mas vou procurar dar uma cara "Prosa Rock" - para quem acompanha o blog desde o início - ao podcast.

Como minhas tentativas de formar uma equipe no Rock'N'Prosa foram frustradas, não tenho muito tempo para ficar editando um programa semanal, como ocorre na maioria dos podcasts. Por isso, vou tentar manter um programa mensal para o ProsaCast. O lançamento oficial do ProsaCast será em abril de 2014, e o tema do primeiro programa será "A filosofia do Pink Floyd". Como o Rock'N'Prosa começou falando do Pink Floyd, nada é mais justo do que começar esse novo projeto no blog falando também do Pink Floyd. Então você que quer participar, entre em contato aqui através do blog, e retorno o contato passando as instruções para fazer parte da equipe do primeiro ProsaCast - agora sim conseguirei formar a equipe Rock'N'Prosa, não?

É isso, pessoal, queria compartilhar esse novo projeto com vocês, e trabalharemos para que o ProsaCast continue sua trajetória juntamente com o Rock'N'Prosa, rumo ao seu 4º ano de turnê pelas prosas de mundo do rock'n'roll.