sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Relatos do Festival DoSol 2012


Todos os anos reservo um fim de semana do mês de novembro para ir ao já tradicional Festival DoSol. O Festival DoSol é o maior festival de música alternativa do estado do Rio Grande do Norte, e quiçá, Nordeste, torço para um dia chegar lá. As edições que aconteciam somente em Natal/RN foram expandidas nesse ano para as cidades de São Paulo/SP, Mossoró/RN e Caicó/RN. Uma grande jogada de fato da organização do festival. Por falta de tempo, acabei só tendo condições de ir nos dias 10 e 11 de novembro, para a edição de Natal/RN. 

Logo no primeiro dia, cheguei atrasado por causa da minha (quase tradicional) aula da especialização e acabei perdendo o show do Monster Coyote (RN), banda que fortemente está representando o nosso estado na cena alternativa. Queria muito ter visto as músicas do The Howling (2012) ao vivo, álbum já revisado aqui no Rock'N'Prosa (confiram AQUI). Circulei pelos dois palcos, montados no DoSol e no Armazém Hall, assistindo aos shows do Test (SP) e do Leptospirose (SP), estilo que não sou muito fã, mas respeitei os shows.


Logo após, sobem no palco do DoSol os uruguaios Silverados (Uruguai). Não sabia o que esperar, porque só conheço o estilo das bandas quando elas começam a tocar. Esse é o melhor do Festival DoSol, ele te dá a oportunidade de conhecer bandas que você nunca imaginaria existir, além de trazer também bandas consagradas. O Silverados foi uma delas, logo de início eles passaram o som com The Jack, do AC/DC, o que já abriu a cabeça para a somzeira que vinha. Show inteiro de excelentes músicas, um estilo que fez lembrar bastante o próprio AC/DC, na época de Bon Scott.
Os uruguaios do Silverados (Foto: Rafael Passos).
Acabando essa banda, que foi para mim a surpresa da noite, quase correndo chego no Armazém Hall para o show do Truckfighters (Suécia), que já estava se aquecendo para começar o show. Esse era o show que mais tinha expectativa, porque já tinha escutado o som deles antes. A banda não decepcionou, um trio que não parecia trio. Teve horas até que vi elementos do Rush presentes nas músicas, um instrumental excelente.
Truckfighters, uma das maiores atrações do Festival DoSol 2012.

O Pez (Argentina) subiu no palco do DoSol logo em seguida. Não sei se é porque sou fã, ou se porque são do mesmo país, mas achei o som deles parecido com o do La Renga, inclusive com letras em espanhol. O show não foi um "La Renga", mas não representou o rock argentino de forma ruim.

O último show que vi na noite, porque o sono tinha apertado, foi o Macaco Bong (MT), com seu rock instrumental de primeira qualidade. Foi uma pena eu ter perdido o Camarones Orquestra Guitarrística (RN) e o Talma & Gadelha (RN), eram bandas que mereciam estar nesses relatos, mas fica para a próxima.
Macaco Bong (MT), rock instrumental de primeira linha.
No domingo, o Festival DoSol coincidiu com o Circuito Cultural da Ribeira. O que isso significa? Portas abertas e um formigueiro humano na Rua Chile. Foi legal ver aquela cena, mostra que as pessoas curtem música alternativa, e não só os forrós e sertanejos da vida.

Por causa do jogo do Fluminense, que deu o título brasileiro de 2012, cheguei novamente tarde e claro, trajando o meu manto grená. Foi legal ver que não fui o único, as cores verde, grená e branco estavam bastante presentes lá, e melhor, saudações tricolores eram trocadas a cada cruzada no caminho. Não lembro quantas vezes tive que dizer o placar do jogo para as pessoas que perguntavam.

Após deixar CD's do Godhound nas bancas de mershandising, cheguei a tempo só de ver para mim, a maior surpresa do festival, o The Baudelaires (PA). À medida que me aproximava do DoSol, fui escutando uma melodia suave, com backing vocals, até entrar e me deparar com os paraenses de Belém. Um show excelente, e até procurei a música Time na internet quando cheguei em casa, para escutar novamente. Essa banda para mim traduziu toda a essência do Festival DoSol, em apresentar novos estilos e músicas para o público. Uma edição é completamente diferente da outra. Próximo ano pode ser que essas bandas voltem, mas uma tonelada de novas bandas virão para apresentar seus trabalhos para um público que não teve a oportunidade de escutá-los antes.

Vi ainda o som brutal do Primordium (RN) e o psicodelismo do Cassidy (PE), mas minha saideira foi com o Son of a Witch (RN). Fazia tempo que queria ver um show como o deles, um heavy metal bem tocado, pesado e cativante. A maior surpresa foi também ver que existe uma banda assim no nosso estado. Foi de fato uma excelente despedida do Festival DoSol 2012.
Son of a Witch, levantando a bandeira do metal com força (Foto: Thiago Prado).
É isso, web-leitores, essa foi a cobertura do Rock'N'Prosa no Festival DoSol 2012. Espero não ter me prolongado muito e não esquecido de nada. Até a edição 2013, que onde estiver nesse Brasil, embarcarei para Natal/RN para mais um ano de muita música.

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