sábado, 23 de junho de 2012

Uma imagem vale mais do que mil palavras


(foto: Blog Flight 666)


Hoje cedo me deparei com uma foto da nova turnê do Iron Maiden, mais precisamente do show em Charlotte, EUA, há dois dias atrás. Todos os fãs do Iron Maiden, primeiramente adormecidos, despertaram e bombardearam as redes sociais com tal imagem. Ela passou tanta energia que decidi escrever algo para ela.

Talvez você que esteja lendo isso não consiga entender nem um pouco daquilo que essa imagem passa. Ela passa a energia de uma era, a energia de 2 gerações inteiras. Mesmo após 30 anos de carreira, eles continuam lotando estádios e agora, para a alegria de todos que moram fora do eixo dos shows, eles estão vindo até nós. A prova disso foram os shows em Recife/PE em 2009 e 2011, quem sonhava que isso pudesse acontecer algum dia?

Acho que a equação de Einstein (E = mc², para os curiosos) deveria levar em consideração um show do Iron Maiden, ao invés da velocidade da luz. Mesmo na casa dos 60 anos, os "velhinhos" continuam correndo pelo palco, pulando e levantando o público.

Já me perguntaram: "Você não enjoa do Iron Maiden? Mesmo depois de ter visto eles duas vezes?". Claro que não. Cada show é único.

A atual turnê do Iron Maiden faz parte das turnês "História do Iron Maiden", após revisitar o clássico Powerslave (1984), o Iron Maiden agora voltou novamente no tempo para a Maiden England tour, da época do álbum Seventh Son of a Seventh Son (1988), ou seja, teremos blocos de "gelo" por todo o palco.

Esse álbum é especial para mim porque foi lançado no ano em que nasci, e mais especial ainda é que no dia 20/05/88 teve show do Iron Maiden, posso dizer que nasci ao som da donzela?
Palco da Maiden England tour 2012 (foto: Blog Flight 666)
Toda a mídia especializada está comentando o set-list do show, mas não vou fazer isso, é Iron Maiden, cada show é uma coletânea "best of" e ponto final. Não sei para onde meus caminhos me levarão, mas certamente estaremos onde quer que seja no próximo ano para cantar The Prisoner, Can I Play With Madness, Phantom of the Opera, Wasted Years e tantos outros clássicos com eles.

Para terminar com música, vou deixar vocês com minha música favorita do Seventh Son of a Seventh Son (1988), que infelizmente não entrou no atual show, tomara que mudem de ideia até o Brasil:

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Solista



Sempre que vamos a um concerto, somos brindados com uma grande execução da orquestra. Toda orquestra possui o seu solista em determinado momento.

O lugar do solista é um lugar de honra e destaque, somente os melhores chegam nessa posição. Aquele que chega ali sabe que fez por merecer, e isso pode ser visto quando o solista deixa a orquestra e caminha para o lado do maestro, com seu respectivo instrumento. Todas as luzes são direcionadas para ele, todos os olhares e ouvidos.

No rock'n'roll, o solo é uma das partes, por não dizer a mais, importantes da música. Os solistas do rock'n'roll nos brindaram com magníficos solos ao longo de toda a história. Eu já tenho meus solos favoritos, imagino que você que está lendo também tem os seus.

Já falei em postagens anteriores o quanto a música clássica se assemelha com o rock'n'roll, e aí está mais um elemento.

O solista passa todo o sentimento da música para o seu instrumento, ele complementa tudo aquilo que está sendo tocado e cantado. O solo transmite boas energias acima de tudo. Até algo triste como o blues, passa um sentimento de paz.
Adrian Smith, do Iron Maiden.
Poder ver um dos seus solistas favoritos ao vivo é um grande feito. Tive essa oportunidade nos shows do Iron Maiden. Poder ver Adrian Smith executar o solo de Wasted Years foi muito gratificante (meu segundo favorito do Iron Maiden, diga-se de passagem, o primeiro lugar é de Stranger in a Strange Land, melhor solo de toda a história do Iron Maiden e quiçá do rock'n'roll), ainda me lembro do momento, assim que começou o solo esqueci o show, os olhos e ouvidos estavam fixos no solista.

Um bom solo não precisa ser veloz, precisa captar as energias ao redor e transmití-las ao público, precisa ser agressivo quando for o momento, ou melancólico quando for exigido. Falando nisso, não consigo me lembrar de alguém melhor do que David Gilmour, do Pink Floyd. Se pegarmos o dicionário acho que terá um significado a mais para a palavra "perfeição", é o solo de Time, do Dark Side of the Moon (1973).
grande mestre David Gilmour.
Eric Clapton e George Harrison sempre foram muito próximos, e todo esse entrosamento foi injetado na música Something, dos Beatles. A música originalmente composta por George Harrison para o Abbey Road (1969) ganhou a contribuição de Eric Clapton no solo, e posso dizer que é o melhor de toda a carreira dos Beatles.

Mas, e os novos solistas? Só falamos nos antigos. Calma. A música está em boas mãos. O grande Zakk Wylde, que tocou com Ozzy Osbourne muitos anos e hoje dedica seu tempo ao Black Label Society, apesar do som pesado de sua banda é um grande solista.

Duvida? O solo Farewell Ballad resume tudo isso que foi mencionado como qualidade nos antigos solistas, um solo simples e direto, sentimental e agressivo.


Para brindar todos os solistas, vou deixar vocês com uma música do HammerFall, eu sei que não é clássica, mas é um solo brilhante, digno de um Jimmy Page. O nome da música é In Memoriam, e foi feita pelo guitarrista Stefan Elmgreen em homenagem a Chuck Schuldiner, criador do Death, que foi vitima de cancer:

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Subindo no palco



Um minuto de silêncio antes de pegar o instrumento, passos largos na escada que dá acesso ao trono, no lugar de destaque estão os donos do momento. É uma sensação estranha, de fato, um dia sair da platéia e tomar o lugar uma vez ocupado por muitos grandes músicos, e proporcionar a seus amigos um grande show.

Procuro não pensar muito nisso para ver se as mãos param de tremer e o som sai pelo menos próximo do que foi ensaiado. Problemas podem surgir, o som pode não está como você quer, mas a sua vontade em executar suas músicas deve superar isso. Não sei como descrever a sensação de olhar para frente e ver pessoas (está bem, uma só) cantando aquilo que você escreveu, a vontade que dá é de descer do palco e cantar junto, mas alguém tem que segurar a música.

Seus companheiros de banda se tornam seus irmãos, a conexão que existe é indescritível, parece que todos se unem em torno de um só fenômeno, a música. Mais estranho ainda é você se ver na platéia, quando a garotada te vê com camisas do Black Sabbath e Motörhead e pergunta se vai ter cover dessas bandas, e seus olhos quase saem da caixa ocular quando a resposta é positiva. Não vou mentir que me vi naquela cena, há muito tempo atrás em Mossoró, descobrindo o rock'n'roll aos poucos.

A energia presente no momento seria capaz de abastecer cidades como Londres por séculos: a explosão da guitarra, os ataques na bateria, o poder do baixo e a harmonia dos vocais. A música é um mero meio para se atingir algo maior.

Essas foram apenas relatos de alguém que viveu e vive isso, sempre que possível, com muito afinco. E se me dão licença, o show vai começar...

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Nós também fazemos covers pt. VI


Nós também fazemos covers de volta no Rock'N'Prosa. Essa vai para os amantes do blues.

Há muito tempo atrás, quando comecei a trilhar o caminho do rock'n'roll, uma das primeiras bandas que escutei foi o Nightwish. Hoje, continuo acompanhando eles, mas não como o mesmo gás dos anos anteriores.

Um dos primeiros álbuns deles que tive a oportunidade de escutar foi o Over the Hills and far Away (2001), que na verdade nem um álbum é, é um EP, mas isso não vem ao caso. O EP traz a faixa título, além de músicas gravadas ao vivo na turnê do Wishmaster (2000), que também resultou no DVD From the Wishes to Eternity (2001).
capa do Over the Hills and Far Away (2001), do Nightwish.

Se você está se perguntando onde entra o blues nisso tudo, aqui está sua resposta. Apesar de gostar do estilo, não acompanho muito as bandas de blues, ou rock'n'roll blues, como queiram chamar. Recentemente, descobri que Over the Hills and far Away é uma composição do Gary Moore, grande guitarrista. E como essa é uma das minhas músicas favoritas do "Nightwish", não podia deixar ela de fora da nossa seção de covers.

As duas versões são bastante semelhantes, a única diferença é que o Nightwish impõe um pouco do seu estilo à música. Eu não vou apontar uma versão favorita, vamos dizer que as duas são equivalentes.

Fique com a versão de Over the Hills and far Away original, por Gary Moore:


E agora, a versão pelo Nightwish:

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Continue a sonhar


Fazem uns 5 dias que estou com uma música na cabeça, ela simplesmente permanece tocando sem parar. E, apesar de tudo o que acontece, ela manda nós continuarmos sonhando. Se a luz se apagou, se tudo não saiu como você quis, se sua jornada é pesada e cansativa, continue sonhando.

Mas, por que sonhar? Por que acreditar nisso? 

Eu vejo isso como a nossa única solução, sonhar e batalhar para que tudo mude. O sonho é a força que precisamos para seguir em frente, e essa força têm várias formas: "Força de vontade", "Deus", "Alá", "Maomé", "Buda", etc.

É difícil falar isso e fazer, mas devemos encontrar essa força e fazer com que ela nos ajude a atingir nosso objetivo, mesmo que a palavra "impossível" esteja escrita na nossa frente.

Devemos continuar a sonhar...