terça-feira, 30 de agosto de 2011

Os porta-vozes de Tolkien

J. R. R. Tolkien
Fazia muito tempo que não escutava Blind Guardian e acabei por quebrar isso hoje à noite, voltando a escutar os velhos clássicos, boas lembranças. Dentre todas as bandas do universo rock'n'roll, o título de "porta-voz" de Tolkien só pode ser dado a eles. O Blind Guardian mais do que qualquer banda dedicou seus álbuns à obra desse grande gênio da literatura.

J. R. R. Tolkien foi um cidadão que dedicou quase que sua vida inteira para produzir um mundo fantástico, repleto de contos e histórias, isso mesmo, ele foi o criador da Terra-Média e de todas as suas tramas. O cinema imortalizou a trilogia O Senhor dos Anéis, que é só uma das obras de Tolkien e existem promesas de que O Hobbit sairá na telona no final do próximo ano, aguardemos.

Voltando ao nosso tema, o Blind Guardian é um banda de heavy metal (ou como quiser chamá-los) da Alemanha e são verdadeiros maestros do rock, por que isso? Porque seus álbuns são verdadeiras óperas, sempre muitas passagens orquestradas estão presentes e as músicas em si são muito complexas musicalmente. Todos os membros da banda se declararam fãs incodicionais de Tolkien, mas não é aquele fã qualquer não, é aquele que lê O Senhor dos Anéis ao menos uma vez por ano. E isso tudo foi sendo passado para a sua música ao longo da história da banda.
formação clássica do Blind Guardian (da esquerda para a direita): Markus Siepen (guitarra), Hansi Kursch (vocal), Andre Olbrich (guitarra) e Thomen Stauch (bateria).
Para começar, no primeiro álbum do Blind Guardian, Battalions of Fear (1988), tem uma música chamada By the Gates of Moria (Moria é uma das Minas de O Senhor dos Anéis) e outra Gandalf's Rebirth, eles acharam pouco e no álbum Tales from the Twilight World (1990) lançaram a épica Lord of the Rings. Até aí tudo bem, três músicas, normal, não? Mas, eles ainda acharam pouco e no ano de 1997 lançaram o Nightfall In Middle-Earth (1997).
capa do Nightfall in Middle-Earth (1997). Só a título de curiosidade, a capa mostra Morgoth (senhor de Mordor, para quem assistiu os filmes O Senhor dos Anéis) com a 3 silmarils em sua coroa (pedras preciosas motivo de toda uma guerra, leiam o livro) e ao lado dele está Luthien.
O Nightfall In Middle-Earth (1997) é para mim o melhor álbum do Blind Guardian, porque mistura a velocidade dos primeiros álbuns com a riqueza musical dos mais novos. Como o nome sugere, o álbum é inteiramente baseado no livro O Silmarillion, de Tolkien. O Silmarillion é uma reunião de contos que contam como a Terra-Média foi originada, uma espécie de Bíblia (para os cristãos). Os contos vão desde o surgimento da Terra-Média, com os Filhos de Iluvatar até a destruição do Anel, passando pelos reinos dos Elfos e Homens, e é claro, passando por Feanor e as suas Silmarils. É uma leitura muito interessante, apesar de nunca ter conseguido acabar o livro.
capa da segunda edição de O Silmarillion.
O álbum é uma verdadeira jornada, além das músicas a banda gravou várias passagens "teatrais" para ligar uma música à outra, um idéia bem legal, porque você tem vontade de escutar o álbum inteiro sem passar nenhuma música. O que gosto desse álbum, como falei, é a complexidade, ele varia desde músicas rápidas como Into the Storm e Mirror Mirror, até músicas mais lentas e marcantes como Nightfall e Blood Tears, sem contar nas "transições", que são um show à parte.

Após esse álbum vieram outros grandes, como o A Night at the Opera (2002), mas como o nome sugere, eles levaram a banda bem para o lado ópera, mesmo assim é um bom álbum. E se vocês acham que eles já homenagearam Tolkien demais, olhe só quem está sentado na platéia no encarte do A Night at the Opera (2002):
contra-capa do A Night at the Opera (2002). A banda está no camarote à esquerda, e sentado ali numa das últimas fileiras do lado direito está o mago Gandalf, diretamente da Terra-Média.
É por isso, web-leitores, que digo a assino em baixo, ninguém tem mais autoridade para falar de Tolkien do que o Blind Guardian. Nessa semana eles estão voltando para o Brasil, depois de 5 anos, para shows em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e São Luiz, não vai ser dessa vez que vou ver eles, quem sabe na próxima.

Espero que tenham gostado de mais esses contos do nosso mundo rock'n'roll, um mundo que se mostra cada vez maior à medida que adentramos nele.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Dedicado à Sfinge

logo da Sfinge.
Ultimamente alguns web-leitores têm me cobrado uma postagem sobre a Banda Sfinge, e então decidi fazê-la. Mas, o que falar? Em que contexto encaixá-los no universo rock'n'roll? Essas perguntas não precisam de respostas, não para eles.

Ainda era uma criança, correndo pelas ruas de Mossoró/RN, quando comecei a escutar os primeiros acordes de um instrumento musical. Ali, bem perto da minha casa, alguns caras sempre se reuniam e tocavam algumas músicas do Europe e Cranberries, até então não fazia a mínima idéia do que eram essas bandas. As vezes chegava a me aproximar do local do ensaio, tentando ver algo, mas acabava nunca entrando. A banda chegou a fazer shows, assisti somente em vídeo, nunca tive a oportunidade de presenciar um,  na ocasião a banda era composta por Robinho (vocal e baixo), Schumeiker (guitarra) e Pedro (bateria). Depois de certo tempo a banda encerrou as atividades e pouco tempo depois, quis o destino que eu despertasse o interesse musical e começasse a tocar violão.

Os primeiros acordes no violão foram justamente as músicas que eu escutava a Banda Sfinge tocar, e lembro que foi uma satisfação muito grande sentar e tocar essas músicas junto com Schumeiker (quem me ensinou os primeiros acordes no violão), Kael e Diego. Mais adiante na história, acabei indo morar em Natal/RN, e ano passado recebi a grande notícia de que, depois de 8 anos (eu acho), a Sfinge estaria de volta. Desmarquei tudo o que eu tinha para fazer em Natal/RN para poder assistir o show da volta em Mossoró/RN, e melhor, tive a honra de executar duas músicas com eles no palco, um velho sonho de infância. Robinho e Schumeiker recrutaram Yuri (baixo), Kleber (guitarra) e Kecinho (bateria) nessa nova jornada da banda, e posso dizer que a banda hoje está melhor do que nunca, cada vez que assisto eles me surpreendo cada vez mais.
Banda Sfinge (da esquerda para a direita): Kleber, Robinho, Yuri, Schumeiker e Kecinho.
A sonoridade da Banda Sfinge é um autêntico hard rock, eles executam desde Europe e Scorpions, até Bon Jovi. Grandes bandas com grandes músicas, que parecem ganhar vida quando a Sfinge brilhantemente as executa. Acho que a maioria das pessoas que está lendo não tem noção do que esses caras podem fazer, se tiverem curiosidade basta dá um pulo em Mossoró/RN e presenciar um show deles, é uma experiência muito marcante.

Em uma das minhas conversas com a banda, eu propus que eles começassem a compor músicas hard rock, até me dispus a ajudar, seria muito interessante ver músicas novas explorando mais o potencial da banda, mas a idéia ainda não evoluiu.

De qualquer forma, gostaria de fazer essa homenagem a essa banda que foi uma das responsáveis por tudo que tenho hoje. Porque se não fosse o interesse despertado enquanto ainda era criança pela música, acho que hoje não existiria o Rock'N'Prosa, o Rentry e nem estaria compondo músicas para um novo projeto progressivo, chamado "Folie a Deux".

Enfim, web-leitores, eis a Banda Sfinge:

sábado, 27 de agosto de 2011

Aquele que vai sempre estará ali

Iced Earth.
Uma das primeiras bandas de rock que eu escutei foi o Iced Earth, e é uma das minhas favoritas, possuo quase todos os CD's deles na minha coleção. E ontem, depois de certo tempo, parei para escutá-los novamente, e muitas lembranças me vieram na cabeça.

Todas as marcas na nossa vida deixam lembranças, boas e ruins. Mas, nunca devemos nos sentir sozinhos, porque alguém sempre estará nos guardando. Isso tudo veio à tona quando estava escutando Watching Over Me, do Iced Earth.

A letra é muito bonita, merecia um "A Letra". Basicamente, o guitarrista Jon Schaffer fala sobre um amigo que morreu em um acidente de moto, e ele diz que sabe que o amigo o está guardando (ou do inglês: "Watching over me").

Ultimamente muita gente próxima tem tomado outro caminho, e é quando esse sentimento de partida inunda a cabeça que devemos ter certeza que todos estarão sempre ali perto. E não é minha intenção prolongar, queria só compartilhar um pouco dessas linhas com vocês e apresentar essa brilhante música, dessa que é uma das minhas bandas favoritas:



Esse show do Iced Earth em Atenas tem uma história muito interessante por trás, em outra oportunidade eu comento mais sobre ele.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Para quem curte o Elvis


Certo dia o web-leitor Emerson Linhares me perguntou: "Você gosta de Elvis Presley?". Eu disse que nunca tinha escutado nenhuma música dele para poder responder a pergunta. O que veio em seguida foi que gradativamente fui descobrindo que eu realmente gostava de Elvis, mas não escutando as músicas dele logo após a pergunta, mas sim percebendo que várias músicas que eu já escutava e gostava eram de fato dele.

Vou citar somente dois casos. Primeiramente, quando comecei a escutar música country, peguei alguns CD's de Willie Nelson e uma das músicas que me chamou a atenção foi Always on my Mind, uma música com uma letra muito bonita e uma melodia excelente também. Pois bem, certo dia, em uma típica roda de violão, ela acabou saindo e veio a descoberta de que ela era de Elvis.

Até aí tudo bem, já comecei a simpatizar com Elvis só por causa dela. Mas, depois da segunda música, percebi que Elvis realmente é o Rei. Outro grupo que gosto muito é Simon & Garfunkel, cantores folk americanos, que possuem como carro-chefe Sound of Silence, e a minha favorita, Bridge Over Troubled Water. Pois bem, acidentalmente descubro que Bridge Over Troubled Water é mais uma composição de Elvis Presley. Então, se me fazem a mesma pergunta hoje, já posso responder que "sim", gosto de Elvis Presley.

Enquanto terminava essa postagem fui informado que um cover do Elvis Presley estará aterrissando pelo Hotel Casa do Mar, em Tremembé/CE, gerenciado pelo grande Karlo Schneider, no próximo dia 10/09. Infelizmente não poderei ir porque ainda estarei empacotando minha mudança de volta para o RN, mas quem puder ir conferir, é mais que recomendado (maiores informações AQUI).

E para encerrar com música, vamos ficar com a versão original de Bridge Over Troubled Water, na voz inigualável do "Rei do Rock":


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Prosa Rock: Um rock mais que clássico

Nenhum estilo esteve mais ligado à música clássica do que o rock'n'roll. Várias bandas já fizeram projetos com orquestras e produziram verdadeiras sinfonias pesadas, por assim dizer.

Tudo começou ainda nos anos 70, enquanto um grupo levava o rock'n'roll para o lado mais extremo, outro decidiu adentrar no lado clássico, como foi o caso do Rainbow. Mas, tudo ainda era feito de forma "acanhada", o peso da guitarra ainda era o principal componente, o que mudava era que bandas como o Rainbow, incorporavam o som do teclado em suas músicas.

Isso meio que foi esquecido nos anos 80, mas nos anos 90 a música clássica voltou a atacar o rock'n'roll. Com o surgimento do black metal, na Noruega, mais uma vez algumas bandas optaram pelo lado extremo, já outras pelo lado sinfônico, como foi o caso do Dimmu Borgir. Pela primeira vez uma banda de rock incorporou elementos de música clássica em suas músicas, bem, isso já havia sido feito antes com os Beatles, mas, bandas como o Dimmu Borgir colocaram a orquestra em primeiro plano, como um elemento chave da música.
Shagrafh (vocalista do Dimmu Borgir). Um dos precursores do "metal sinfônico".
Ainda no início dos anos 90 surgiu o Nightwish, banda finlandesa que incorporou vocais líricos em suas músicas, da brilhante vocalista Tarja Turunen. Era a primeira vez que uma banda desse tipo aparecia no mundo rock'n'roll, e o próprio Nightwish foi o precursor de bandas como o Within Temptation e o Epica, bandas com vocais líricos femininos.
Tarja Turunen em um show do Nightwish.
O que todas essas bandas tinham em comum era a inclusão da música clássica em suas composições, com elementos de ópera, variando desde vocais limpos (como o Nightwish) até vocais mais rasgados (como o Dimmu Borgir). O que acho bastante interessante nessas bandas é a perfeita união entre música clássica e rock, além de elementos de orquestra e vocais líricos, as bandas chegam até a incorporar canto gregoriano em suas músicas, o que claro, deixa a música ainda mais rica musicalmente e agradável para os ouvidos.

E com relação ao canto gregoriano, ninguém fez isso melhor do que os suecos do Therion, que se auto-intitulam "metal sinfônico". Sempre que possível a banda inclui corais nos seus shows, assim também como um orquestra, é claro.
Coral de "Canto Gregoriano" em um show do Dimmu Borgir.
Essas bandas sempre foram um pouco limitadas pelo lado econômico, porque é muito caro contratar uma orquestra e um coral para todos os shows, mas ultimamente elas têm realizado o seu "sonho" e estão fazendo shows como querem. Há 2 anos atrás o Therion lançou The Miskolc Experience (2009), um show onde a banda interpretou músicas dos compositores clássicos e clássicos do Therion, isso tudo acompanhado de um grande coral e uma magnífica orquestra. Agora em maio o Dimmu Borgir também gravou um show com coral e orquestra, que será lançado em DVD próximo ano, assim espero.
show do Therion com orquestra e coral.
O que gostaria de ressaltar é que não é à toa que dizem que fãs de rock e de música clássica se parecem, os estilos estão muito ligados, acho que o próprio Mozart toparia realizar uma parceria com essas bandas e compor um "concerto rock", já imaginou isso? seria, no mínimo, algo curioso para se ver.

Poucas bandas hoje aderem a esse estilo, mas, o lado bom é que as bandas que começaram no final dos anos 80 e início dos anos 90 estão hoje no seu auge, realizando seus shows na dimensão desejada.
 

sábado, 20 de agosto de 2011

Você votaria nele?

Começando o sábado com muito bom humor com um verdadeiro achado. A carreira solo de Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, sempre foi uma caixa de surpresas, ele sempre compôs músicas bem humoradas e músicas mais sérias.

No ano de 1992, Bruce fez uma participação no Comic Relief, um evento para arrecadar fundos para ajudar a Etiópia. As músicas no evento eram vendidas, e o dinheiro era revertido para o projeto, mas em 92, o lançamento da música coincidiu com as eleições no Reino Unido.
capa do single I Want to be Elected (1992).
No vídeo de I Want to be Elected, Bruce contracena com nada mais nada menos que Mr. Bean (personagem de Rowan Atkinson). O vídeo conta a trajetória de Mr. Bean em sua candidatura para presidente, mostrando desde a sua propaganda política (dentro de um banheiro) até a sua eleição. O vídeo conta também com o elenco da série televisiva Mr. Bean, que vivia o seu auge nesse período.

E aí? Você votaria nele?


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Somos todos Poetas: Eu sou Raimundo

Como havia prometido, vou começar a divulgar as letras do Folie a Deux, mais um projeto com a marca Victor&Kael. Essa foi a primeira música composta para o projeto, espero que gostem:

EU SOU RAIMUNDO

Pois é, Raimundo
Você disse que faria diferente
Pois é, Raimundo
Disse que lutaria pra ser gente

Você sabe, Raimundo
Que nada dura para sempre
Que o mundo dá voltas
E é difícil encontrar a frente


Pobre Raimundo
Podre, Sujo, Imundo
Preso no seu mundo
Trancado lá no fundo
Pobre Raimundo
Preso no seu mundo

Siga em frente Raimundo
Não seja relutante
O caminho é frio e solitário
Mas seu destino é adiante

Não sei se você acredita no destino
Ou nos caminhos que te levam adiante
Mas, Raimundo, você vai chegar onde quer

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Dica de álbum: O Bando do Velho Jack - Bicho do Mato (2007)

capa do Bicho do Mato (2007).
Voltando com mais um grande álbum no Rock'N'Prosa, com uma banda do estado de Mato Grosso de Sul que é rock'n'roll puro. Entre as novas tendências do rock, que vem levando cada vez mais bandas para o seu lado, O Bando do Velho Jack apareceu no ano de 1995 com uma proposta retrô, trazendo a velha sonoridade clássica do rock'n'roll, de bandas como o Lynyrd Skynyrd.

Depois que escutei o seu primeiro álbum, Procurado (1999), não consegui mais parar de ouví-los e fui me aprofundando cada vez mais na banda. O álbum Como Ser Feliz Ganhando Pouco (2002) também é um achado, mas é em Bicho do Mato (2007) que eles se apresentam de forma suprema.

As letras em português são um atrativo, porque o rock sempre teve uma sonoridade mais adequada à língua inglesa, e eles conseguem escrever letras em português e mantém uma sonoridade legal de rock'n'roll nas músicas.
(da esqueda para a direita): Alex "Fralda" Calheri (teclados), Fábio Terra (vocal e guitarra), Rogrigo Tozzette (vocal e guitarra), João Bosco (bateria) e Marcos Yallouz (baixo).
A cativante Bicho do Mato abre o álbum, seguida da agitada Gasolina. Um dos pontos fortes do álbum é Pedras que Rolam, uma das melhores músicas da carreira do Velho Jack para mim, e que tem a célebre frase: "Mas, sei que não sobrevivo nem 5 minutos se as cordas da minha guitarra não soarem mais...", e seguindo: "Sem rock'n'roll na cabeça o mundo pode parar".

Por falta de oportunidade, acho, eles nunca saíram em uma turnê nacional, gostaria muito de assistir um show deles algum dia. Todos os álbuns são muito difíceis de conseguir, porque estão todos esgotados, sendo achados somente em lojas de discos usados na maioria das vezes.

Para todos que não conheciam o trabalho deles, espero que gostem e até a nossa próxima dica de álbum aqui no Rock'N'Prosa.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A volta dos Imortais

Black Sabbath (da esquerda para a direita): Geezer Butler, Tony Iommi, Ozzy Osbourne e Bill Ward.
 Todos foram surpreendidos ontem com a notícia de que a formação original do Black Sabbath: Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward; se reuniu novamente e está ensaiando para uma turnê mundial.

Fato semelhante ocorreu em 1998, onde está tudo registrado no álbum ao vivo Reunion (1999). Mas, dessa vez eles foram mais longe, além de uma turnê mundial, a banda está preparando um álbum com músicas inéditas, isso mesmo, depois de mais de 20 anos, o Black Sabbath voltará a lançar um álbum com a sua formação original.

Já era uma vontade antiga do guitarrista Tony Iommi em continuar tocando, o seu projeto Heaven & Hell foi interrompido devido a morte de Dio, mas sua paixão pelo rock'n'roll não morreu com ele. Com o fim do Heaven & Hell, Tony mostrou o seu interesse em reviver o Black Sabbath, mas não encontrou apoio pelo lado de Ozzy.

Só sei que neste momento o velho Sabbath está de volta e está ensaiando em um lugar secreto há mais de 1 mês. Eu particularmente tenho algumas dúvidas com relação à banda, a primeira é a capacidade vocal de Ozzy, que mal aguenta terminar seus shows solos, que têm aproximadamente 1 hora de duração. Acho que é algo que o Black Sabbath deve está trabalhando no estúdio: como adaptar um show de 1 hora e 40 à capacidade vocal de Ozzy.

E com relação ao set-list dos shows, podem esperar o velho Sabbath do Never Say Die (1979) para baixo, isso mesmo, nada de Children of the Sea ou Neon Knights, o que já era esperado. Os velhos clássicos Iron Man, Paranoid, War Pigs e N.I.B com certeza estarão presentes nos shows, mas gostaria de ver algo do Tecnical Ecstasy (1978) e do Never Say Die (1979), álbuns esquecidos pela banda. Tipo, seria muito legal ver Junior's Eyes ou Backstreet Kids nos shows, músicas pouquíssimas vezes tocadas ao vivo.

Enfim, vamos aguardar esse retorno triunfal do Black Sabbath, e já fica aqui a expectativa pelo novo álbum, dado o resultado do The Devil You Know (2009), do Heaven & Hell, a capacidade de composição da banda está melhor do que nunca. Enquanto essa hora não chega, vamos ficar com o bom e velho Sabbath:

sábado, 13 de agosto de 2011

Prosa Rock: O muro que não parou o rock'n'roll

No dia de hoje "comemora-se" os 50 anos da construção do muro de Berlim, muro que dividiu a Alemanha em duas durante 28 anos. Qual o melhor lado? Tem algum mais correto do que o outro? Eu sempre achei que não, no fundo acho que todos só queriam ter uma vida normal, sem guerras ideológicas entre socialismo e capitalismo.
O Muro de Berlim.
E não há como falar de "Muro de Berlim" sem falar do rock'n'roll, porque a música conseguiu atravessar a barreira física do muro. Os discos de bandas como o Scorpions e o Iron Maiden não eram lançados nos países comunistas, mas os fãs sempre davam o seu jeito de conseguí-los, através de fitas copiadas e tudo o mais.

Por volta do ano de 1985 os países da chamada "Cortina de Ferro" começaram a se abrir para o rock'n'roll, e a prova disso foi a inclusão de países como Polônia e Ucrânia na mega-turnê World Slavery Tour, do Iron Maiden. Tudo isso foi registrado no documentário Behind the Iron Curtain (1986), lançado pela banda ainda nos anos 80. Assistindo aos shows do Iron Maiden nesses países pude constatar que tudo aquilo que sempre falo, que o rock pode mudar o mundo, é verdade. Por 2 horas as pessoas esqueceram que viviam, muitas vezes, em dificuldade no seu país e se libertaram através da música.
capa do VHS Behind the Iron Curtain (1986), ele foi recentemente lançado em DVD e está presente no DVD bônus do Live After Death (2008).
Seguindo mais nos anos 80, veio o marco final da abertura dos países socialistas ao rock'n'roll. No ano de 1988, o Scorpions incluiu a Rússia em sua turnê, e para a surpresa da banda, o público foi excepcional e até as músicas mais antigas da banda eram conhecidas por todos, justamente pelas fitas K7 que conseguiam atravessar o Muro. O Scorpions registrou toda a sua turnê no documentário To Russia with Love (1988), que na minha opinião, além de musicalmente muito bom, porque pega o Scorpions em sua melhor forma, é historicamente rico, porque mostra como era o mundo no final da Guerra Fria.
capa do To Russia With Love (1988), ele foi lançado também em DVD pela banda.
Lendo as demais postagens do blog vocês perceberão que o Muro é um dos meus temas favoritos, porque é o símbolo mais forte da separação entre as pessoas, e nada melhor do que quebrá-lo sempre que possível. No mesmo ano de 1988 o Muro de Berlim foi derrubado e a Alemanha foi mais uma vez unificada, e a mesma Alemanha que um dia foi fechada ao rock'n'roll, é hoje um dos principais berços do estilo, de onde saem grandes bandas que levam a bandeira do rock'n'roll a todos os quatro cantos do mundo.

Mas, o Muro não deve ser esquecido, e para isso, antes da sua derrubada completa, pedaços foram mantidos nas ruas de Berlim, acho que para lembrar a todos a valorizar mais um ao outro.

Nenhuma banda esteve mais relacionada com tudo isso do que o Scorpions, e gostaria de encerrar escutando a música que para mim simboliza a unificação do mundo em um só, que simboliza não a "queda" do socialismo, mas sim o fim da inclusão das pessoas nas guerras de poucos. Nesse dia de hoje, vamos deixar o vento da mudança soprar...


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Rock'N'Prosa 1 ano

Olá web-leitores,

Hoje é um dia muito especial para mim, há exatamente 1 ano atrás eu tive a idéia de criar o Rock'N'Prosa. A primeira postagem do blog foi um texto de "boas-vindas", onde eu falava tudo aquilo que imaginava para o blog. Bem, tudo aquilo que idealizei aconteceu.

O Rock'N'Prosa é hoje um lugar onde você encontra o mundo do rock'n'roll exposto de uma forma diferente, ainda tentando quebrar os muros do preconceito que separam o rock da maioria das pessoas.

Em 1 ano de postagens surgiram vários textos interessantes, como os presentes na nossa coluna "Prosa Rock", sempre analisando temáticas interessantes que juntam a vida e o rock'n'roll.

Em 1 ano ultrapassamos os 15.000 acessos, o que é excelente para um blog que não tem nenhuma espécie de divulgação. Em 1 ano compartilhamos shows, poesias e interpretamos grandes clássicos da nossa música, com a coluna "A Letra".

Queria deixar meu agradecimento a cada um de vocês, que contribuiu voluntária ou involutariamente para que o Rock'N'Prosa se mantivesse vivo durante esse ano.

O que tenho a dizer no dia de hoje é que a jornada vai continuar enquanto me restarem forças para continuar escrevendo.

Um grande abraço para todos,
Victor Freire

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sou colecionador: O que é seu está guardado

Todo mundo já ouviu essa frase uma vez na vida, qualquer que seja a situação, ela sempre se aplica, e ela acabou por se aplicar na minha coleção.

Uma das primeiras bandas que eu escutei foi o Shaman, mega-grupo formado pelos ex-membros do Angra: André Matos, Luis Mariutti, Ricardo Confessori e o novato Hugo Mariutti. O álbum de estréia do Shaman, Ritual (2003) foi um dos melhores álbuns que eu já escutei na minha vida. Enfim, a banda tinha tudo para ser um dos maiores nomes do rock nacional, se não tivesse entrado em divergência e acabado. Eu disse "acabou", mas a banda hoje ainda está ativa só com Ricardo Confessori e novos membros, por isso não ouso chamá-los de "Shaman".

(da esquerda para a direita): Luís Mariutti (baixo), André Matos (vocal), Hugo Mariutti (guitarra) e Ricardo Confessori (bateria).
 De qualquer forma, ainda era moleque quando comprei o Ritual (2003), e escutei tanto que o orifício no centro do CD alargou, está bem, talvez tenha exagerado um pouco. No mesmo ano de 2003 eles iniciaram a sua Ritual World tour, que percorreu todo o mundo, e no ano de 2004 eles aportaram por Fortaleza/CE, para tocar no festival Ceará Music.

Com muita dificuldade convenci minha mãe a me deixar ir para o show, na época eu tinha 14 anos somente, mas consegui, e a prova está no DVD RituaLive (2005), onde apareço em uma das filmagens do Ceará Music.
capa do RituaLive (2005).
E é justamente nesse momento que minha história de hoje começa. O Shaman lançou o DVD RituaLive (2005) em dezembro de 2005, me lembro como se fosse hoje, era véspera de Natal e meu vizinho comprou o DVD, fomos até a casa dele e assistimos no último volume. Eu acabei não comprando o DVD, e meio que me esqueci, quando fui dar conta ele simplesmente já não existia em lugar nenhum, esgotado em toda as lojas do mundo.

Mas, como "tudo o que é nosso está guardado", eu ainda ia de encontrá-lo um dia. Em 2006 me mudei para Natal/RN, e por lá fiquei, até que ano passado aconteceu o inesperado. Faziam mais de 2 anos que não pisava dentro do Hiper Bompreço da Prudente de Morais, e em um sábado decidimos ir fazer umas compras justamente nele. Essa rede de supermercados já foi grande vendedora de CD's, mas seu setor está desativado faz tempo.

Não sei o que aconteceu, mas, assim que entrei no supermercado me deparei com aquela capa. Passei alguns segundos para acreditar que aquilo era real, que aquilo era o DVD do Shaman. Nem olhei para o preço, coloquei-o no carrinho na mesma hora. Quando cheguei em casa vi que ele custou até mais barato do que na época do lançamento, acho que o pessoal do supermercado até hoje não sabe a raridade daquele ítem que eles deixaram jogado na prateleira.

Vou ficar devendo a minha foto no Ceará Music, que saiu no DVD, mas, quando voltar para Natal/RN eu posto para vocês.

É isso, espero que tenham se divertido tanto quanto eu me lembrando de tudo isso, até a próxima.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Para onde foi o Rock In Rio?


Para começar, eu não era nem nascido quando foi realizada a primeira edição desse festival, em 1985, e nem sabia o que era rock'n'roll quando a segunda edição, em 1990, foi realizada. Mas, o que aconteceu com o Rock In Rio?

Como o nome sugere, a proposta do festival era trazer bandas de rock'n'roll para tocar no Brasil, o que não era muito comum na época. E foi assim até as demais edições, a terceira um pouco menos, mas mesmo assim grandes nomes do rock'n'roll estiveram presentes. O que foi acontecendo ao longo dos anos é que a febre mundial pelo rock'n'roll foi sofrendo uma mudança e o Rock In Rio meio que acompanhou tudo.

O festival hoje pode ser chamado de tudo, menos de "rock". Porque um festival que já contou com AC/DC, Scorpions, Queen e Iron Maiden em seu line-up, hoje conta com Rihanna e Cláudia Leite. Peraí, né?!

Dizer que o rock morreu e que o público não é o mesmo de antes é uma tremenda mentira, a prova disso é o festival Wacken Open Air que ocorre todos os anos na Alemanha, 80.000 pessoas de todo o mundo passam por dia no festival e seus ingressos acabam em poucos dias de venda. Além do Wacken, festivais como o Graspop Metal Meeting (na Bélgica) e até mesmo o Sonisphere (em toda a Europa), continuam com a velha bandeira do rock'n'roll e continuam sendo sucesso.

O que acontece é que o festival vive hoje do nome criado no passado, graças aos acordes dos grandes nomes que passaram pelo Palco Mundo. De forma alguma quero destruir o festival, muitos momentos históricos aconteceram nele, como por exemplo, o melhor show da história do Iron Maiden (na minha opinião) foi o do Rock in Rio em 2001, show que foi registrado no álbum ao vivo Rock In Rio (2002).

Infelizmente eu não consigo responder à pergunta que fiz no título da postagem, não sei o que fizeram do festival, talvez transformaram-o em um negócio muito lucrativo e só, visaram o dinheiro e esqueceram do rock'n'roll.

Enfim, de qualquer modo, todos os ingressos já foram vendidos para a edição desse ano e o sucesso do festival não foi questionado em momento algum. Só queria ter a chance de presenciar o verdadeiro "Rock In Rio" um dia. 

Sonhemos...

domingo, 7 de agosto de 2011

Pure Rock: Thrash Metal anos 80

Seguindo a sugestão do nosso web-leitor Alessandro Natalini, vamos iniciar uma jornada pelo mundo do thrash metal oitentista.

Para começar, você sabe o que é thrash metal? Bem, o heavy metal (ou rock pesado) começou no início dos anos 70 com o lançamento do primeiro álbum do Black Sabbath, o Black Sabbath (1970). A distorção e o peso da guitarra cativou a muitos, mas no meio dos anos 80 algumas pessoas queriam mais. O peso do heavy metal não era o suficiente para expressar toda a sua raiva, foi aí que bandas como o Slayer e o Metallica levaram o heavy metal a um patamar mais veloz e agressivo, em outras palvras, foi aí que surgiu o thrash metal.

(da esquerda para a direita): Frank Bello (Anthrax), James Hetfield (Metallica), Dave Mustaine (Megadeth) e Scott Ian (Anthrax).
O thrash metal é um estilo bem mais pesado que o heavy metal, e rapidamente muitas bandas se juntaram a esse novo estilo e uma nova safra de bandas dominou o mundo nos anos 80, como o Metallica, o Slayer, o Megadeth e o Anthrax. O movimento começou nos Estados Unidos, com essas bandas, e expandiu para a Europa, onde surgiram bandas como o Kreator.

Então, vamos ao nosso "Pure Rock":

#1 - Metallica - Master of Puppets (Master of Puppets, 1986)
Vamos começar logo com a maior banda de thrash metal do mundo. A história do Metallica é algo que beira à perfeição, os caras começaram de forma muito simples e chegaram ao patamar de ser uma das maiores bandas do mundo. O Master of Puppets (1986) é apontado por muitos como um dos melhores álbuns do Metallica, e a sua faixa-título, é um dos maiores clássicos da história do rock'n'roll. O interessante sobre essa faixa é que mesmo sem uma formação musical, a banda conseguiu compor sequências harmônicas perfeitas. Pude perceber isso assistindo o DVD S&M (1999), onde o Metallica toca junto com a Orquestra Filarmônica de São Francisco. Os próprios músicos da orquestra, que nunca haviam escutado Metallica, elogiaram a composição de Master of Puppets.



#2 - Megadeth - Peace Sells (Peace Sells...but Who's Buying, 1986)
Falar do Metallica e não falar do Megadeth é muita injustiça, porque toda a história do Metallica começou junto com a história da cabeça pensante do Megadeth, Dave Mustaine. Após sair do Metallica, Mustaine montou o Megadeth, uma banda tão boa quanto o Metallica, e porque não dizer? Melhor. O álbum Peace Sells...but Who's Buying (1986) é um dos melhores do Megadeth, juntamente com o Rust in Peace (1990). A faixa-título do álbum, Peace Sells, é até hoje considerada como um dos maiores clássicos do Megadeth e de todo o thrash metal. Sua temática política traduz tudo aquilo que o Megadeth prega em suas músicas, não é à toa que o próprio George Bush chegou a dizer em uma entrevista que era grande fã do Megadeth. 




#3 - Slayer - Raining Blood (Reign in Blood, 1986)
Indo agora para o lado mais extremo do thrash metal, para uma verdadeira chuva de sangue. O Slayer é uma das bandas mais pesadas que eu conheço e o seu álbum Reign in Blood (1986) é uma verdadeira destruição. Raining Blood é um dos maiores clássicos do thrash metal, e nenhuma lista de clássicos do thrash metal estaria completa se não incluísse ela.




#4 - Anthrax - Caught in a Mosh (Among the Living, 1987)
Outra banda pioneira no thrash metal foi o Anthrax, que teve o seu auge quando Joey Belladona assumiu os vocais, lançando os excelentes Spreading the Disease (1985) e Among the Living (1987). A banda sempre puxou o seu thrash metal mais para o lado da velocidade, chegando até a incorporar um pouco do que depois passou a ser chamado hardcore. Caught in a Mosh mostra toda a velocidade do Anthrax.




#5 - Kreator - Pleasure to Kill (Pleasure to Kill, 1986)
Finalizando, com os representantes europeus dessa vertente do rock'n'roll. O Kreator é uma banda que sempre soube unir o peso e agressividade do thrash metal com melodias do heavy metal, como por exemplo os seus solos limpos. Agora, no começo dos anos 2000, eles lançaram o Violent Revolution (2001), que é para mim o seu melhor álbum, e um dos melhores da história do thrash metal. Mas, como ainda estamos nos anos 80, vamos ficar com a boa e velha fase "violência extrema" do Kreator.


Eu sei que algumas bandas importantes ficaram de fora, como o Exodus e Sepultura, mas uma nova postagem será feita, agora homenageando os nomes do thrash metal anos 90. Espero que tenham gostado, e até a próxima.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Afasta de mim esse cálice, Pai

Pois é, web-leitores, em pleno século XXI ainda presenciamos cenas do mais alto preconceito no nosso país, e acabei por tomar as dores de um fato ocorrido ontem. Um garoto teve que deixar a sua escola, no interior de São Paulo, por gostar de rock'n'roll (mais detalhes AQUI). O pior disso tudo foi o grau de ignorância das pessoas envolvidas, voltando a alegar a ligação do rock com o satanismo, algo plantado erroneamente nos anos 80 que, não sei se por teimosia, muitos ainda acreditam ser verdade.

Acho que todo fã de rock'n'roll se sentiu na pele do menino Marcelo, que foi questionado duramente sobre seu gosto musical. Tenho plena certeza que se o menino fosse fã de forró ou pagode (sem querer desrespeitar esses estilos) o tratamento recebido não seria o mesmo. Muitos dizem que não, mas o preconceito ainda reina no nosso país, e não só o preconceito "musical", todas as escolhas excêntricas são vítimas de preconceito. Enfim, só tenho a dizer uma coisa para todas essas pessoas, tomando as palavras de Chico Buarque: "Afasta de mim esse cálice, Pai".

A culpa da ligação do rock'n'roll com a religião começou justamente nos anos 80, quando a igreja atacou fortemente o estilo, que ainda estava começando. O rock'n'roll viu isso como uma forma de crescer, ou seja, como a maioria dos fãs eram contrários às normas sociais da época, o rock usou a religião como uma forma de atrair esses fãs, ou seja, usou a religião como uma forma de se rebelar contra a sociedade (algo como o movimento hippie). Isso tudo no caráter comercial, porque vão bem me dizer que vocês acreditam que essas bandas rezam para o demônio? O próprio Ozzy Osbourne e outros "satanistas" dos anos 80 admitiram serem cristãos, Ozzy mesmo possui a frase "God bless you all" (traduzindo: Deus abençoe a todos vocês) como uma das marcas do seu show.

O que mais me intriga é em pleno século XXI as pessoas ainda insistirem nesse velho papo. Isso só prova que os muros que separam o rock'n'roll das pessoas ainda não foram quebrados. A nossa missão  vai continuar, o preconceito não irá vencer.

Vamos afastar de vez esse "cálice".