sábado, 30 de abril de 2011

Mãos que representam o metal


Abrindo o nosso mês de homenagens a Ronnie James Dio, vamos falar sobre o símbolo mais importante da história do heavy metal, e não sei como chamá-lo, mas todos sabem qual é.
O símbolo universal do metal.
Mas, qual a relação desse símbolo com Dio? Tudo. Dio foi a primeira pessoa a usá-lo em seus shows e com o tempo os fãs também passaram a usar. No decorrer dos anos 80, esse gesto com as mãos ficou conhecido como o símbolo universal do metal.

O engraçado é que a maioria das pessoas não sabem o que ele de fato significa. Se fizermos uma pesquisa agora, tenho certeza que 99% das pessoas vão dizer que isso representa os chifres do demônio, que infelizmente esteve associado ao metal em geral ao longo de toda a sua história, o que acho muito errado, mas isso é tema para outra postagem.

Ronnie James Dio e a sua marca registrada.
Os "chifrinhos" (ou como preferirem chamar), segundo Dio, significam uma proteção contra o mal. Ele disse em uma entrevista que a sua avó costumava fazer esse sinal como uma forma de afastar todo o mal ao redor, e Dio decidiu incorporar isso nos seus shows, como a sua marca, o que acabou por imortalizar o gesto.

Portanto, cada vez que você for a um show e se deparar com esse símbolo, saiba que o grande responsável por ele foi Dio. E como uma forma de prestar a nossa homenagem, vamos fechar cada postagem relacionada a Dio com uma música sua. Fiquem agora com Don't Talk to Strangers, do álbum Holy Diver (1983):

domingo, 24 de abril de 2011

Dica de livro: The Beatles - Unseen Archives (Tim Hill & Marie Clayton)


O "Dica de Livro" hoje vai pegar um navio e vai direto para a Inglaterra, para de onde saiu um livro para beatlemaníaco nenhum colocar defeito.

Tenho lido ultimamente muitos livros sobre música, mas o The Beatles - Unseen Archives me surpreendeu em tudo. Além de trazer muitas curiosidades sobre a banda, o seu diferencial é a enorme quantidade de fotos dos Fab Four. Os autores do livro, Tim Hill e Marie Clayton, selecionaram dos arquivos do jornal Daily Mail mais de 600 fotos, muitas das quais estavam disponíveis somente nos "negativos", pois não haviam sido publicadas em momento algum da história da banda.

Cada foto vem acompanhada de comentários dos autores, explicando o contexto histórico de cada uma, o que deixa a leitura do livro ainda melhor.

No livro, você é convidado a navegar por toda a história dos Beatles, desde os "early days" com os primeiros álbuns e a Beatlemania, até a fase "estúdio" da banda. Mas, não só fotos relacionadas à música estão presentes, a maioria das fotos registram os quatro beatles fora dos palcos, em momentos onde estavam nas ruas ou em cerimônias em geral.

Enfim, o livro é uma excelente aquisição para todos os beatlemaníacos de plantão, e não sei se este livro está disponível aqui no Brasil. O meu foi um presente muito especial de minha prima Ilana, a quem agradeço mais uma vez por ter me proporcionado essa inserção mais profunda no mundo dos Beatles.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A Letra: Heaven and Hell (Black Sabbath)

Voltando com mais "A Letra" aqui no Rock'N'Prosa, com uma das melhores letras que eu já tive a oportunidade de ver. O nosso quadro hoje conta com participação dupla. É com grande satisfação que eu dou as boas-vindas a Thiago Costa e Paulo "Kael" Freire.

O Heaven and Hell (1980) já foi tema de um "Galeria de Clássicos", aqui no blog, e na ocasião falei brevemente sobre a letra da faixa-título desse álbum, que foi um dos melhores que eu já escutei na minha vida. 

Heaven and Hell foi composta por Tony Iommi, sendo que as letras são creditadas a Ronnie James Dio, e a considero como o maior clássico do Black Sabbath, ao lado de Paranoid.

Ronnie James Dio.
Essa música se tornou a marca de Dio em sua passagem pelo Sabbath, e antes de sua morte, os membros do Black Sabbath dessa época se juntaram e saíram em turnê sob o nome Heaven & Hell, o que mostra a importância dessa música para a banda.

Dio brilhantemente comparou as dualidades da vida com a dualidade Céu e Inferno. E o que mais gosto na letra é que apesar de todas as diferenças, a vida continua, como ele diz: "It goes on, and on, and on...".

Paulo "Kael" Freire: Heaven and Hell é com certeza a obra-prima de Ronnie James Dio. Ela pode ser interpretada de várias formas, e creio que seja isso que deixa essa música tão rica e misteriosa. A música nos fala da natureza segregadora e radical de alguns indivíduos ou até religiões. Não importa o quanto você dá, se você der menos, será acusado. As pessoas sempre esperam mais da gente, nunca menos.

Em outras palavras, as pessoas não são educadas a enxergar a bondade no mundo, só a maldade, ou o "inferno". Acho que todos só teriam a ganhar se a vida passasse a ser enxergada mais como o "céu".

Thiago Costa: A letra de Heaven and Hell é como um "tapa" na cara, como um "acorda aí amigão, levanta aí amigão". É um chamado para o mundo real que está ao nosso redor. Ela nos diz que você tem que ir em frente, nada é fácil. Então, deixe de ser "tolo" e faça logo o seu caminho.

Heaven and Hell, quando executada ao vivo, ganha uns minutos a mais, com direito a um longo solo improvisado de Tony Iommi e um prolongamento na letra por Dio.

Quando Dio morreu, no ano passado, a maioria das bandas incluíram ela nos seus shows como uma forma de fazer um tributo a Ronnie James Dio. Posso citar logo de cara o Angra e o Anthrax, como bandas que homenagearam Dio com Heaven and Hell.

Outras bandas preferiram por executar Rainbow in the Dark ou Holy Diver, e outras, optaram por dedicar uma música sua a Dio, como o Scorpions, dedicando Send me an Angel e o Iron Maiden, dedicando Blood Brothers.

Paulo "Kael" Freire: A letra também nos fala sobre as frustrações da vida e nos ensina que sempre há um segundo lado nas coisas. Esta parte em particular: "O amor pode ser visto como a resposta, mas ninguém sangra pela dançarina", é a parte mais intrigante da letra. Ele deixa a entender que se você sangrar pela dançarina, amor pode ser a resposta para suas perguntas. Mas, quem é a dançarina?

Essa foi uma questão que sempre me intrigou nessa letra: Quem é a dançarina?

Eu sempre achei que a dançarina são aquelas pessoas que são deixadas à margem da sociedade, os ditos "excluídos". E essas pessoas não recebem apoio da sociedade de forma alguma, e a letra chama a atenção para isso quando ele nos pede para "sangrar pela dançarina".

O que também acho interessante é como as pessoas que estão à nossa volta nos influenciam, como diz a letra: "O mundo está cheio de Reis e Rainhas, que cegam seus olhos e roubam seus sonhos". E que acabam nos "ensinando" o que eles querem, e só nos resta acreditar, ou, em outras palavras: "Eles irão dizer que o preto é branco e que a Lua é o Sol à noite".

Paulo "Kael" Freire: As pessoas te fazem acreditar em coisas que não são verdades para se beneficiarem. Devemos saber distinguir quem são nossos verdadeiros irmãos de sangue, as pessoas que merecem a nossa confiança. Mas além do alerta, a letra nos aconselha a "apanhar o ouro que cai" enquanto você "caminha pelos salões dourados", ou seja, use as pessoas que te usam e proteja seus irmãos.

Então, essa foi mais um "A Letra", com uma das maiores obras-primas do heavy metal. Mais uma vez, se não quiser escutar a música, leia a letra. Até a próxima, e mais uma vez agradecemos ao Terra pela tradução:


Céu e Inferno

Cante uma canção para mim, você é um cantor
Faça-me uma maldade, você é um servidor do mal
O Demônio nunca é um criador
A menos que você conceda, você é um comprador
Então isto continua sem parar, é o Céu e o Inferno
Pois é

O amante da vida não é um pecador
O fim é apenas o começo
Quanto mais perto você chegar do significado
Mais cedo você saberá que você está sonhando
Então isto segue adiante, sem parar, sem parar
Sem parar, sem parar, o Céu e o Inferno
Eu posso dizer,
tolo, idiota!

Se isto parece ser real, é ilusão
Para cada momento da verdade, há confusão na vida
O amor pode ser visto como a resposta, mas ninguém sangra pelo dançarino
E assim segue, Sem parar, sem parar....

Eles dizem que a vida é um carrossel
Girando velozmente, você tem que saber montá-la
O mundo está cheio de Reis e Rainhas
Que cegam os seus olhos e roubam os seus sonhos
É o Céu e o Inferno, oh pois é

E eles irão te dizer que o preto é realmente branco
A lua é apenas o sol à noite
E quando você entra em salões de ouro
Você consegue segurar o ouro que cai
É o Céu e o Inferno, oh não!

Tolo, idiota!
Você tem que sangrar pelo dançarino
Tolo, idiota!
Procure a resposta
Tolo, tolo, idiota!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Prosa Rock: O Fantástico Mundo das Guitarras pt. II

Continuando com o nosso "Fantástico Mundo das Guitarras", vamos agora entrar no mundo de mais um grande fabricante, a Fender.
logo da Fender.
A Fender foi fundada em 1946, por Clarence Leonidas Fender (mais conhecido como "Leo" Fender), na Califórnia, e foi a primeira empresa a produzir guitarras em série. Apesar de muitas outras empresas (ou até mesmo luthiers) produzirem guitarras desde o começo dos anos 20, a Fender foi a primeira empresa a conseguir sucesso comercial com a venda de instrumentos musicais.

Além da produção de guitarras, o que realmente influenciou no crescimento da Fender foi a produção de baixos. O modelo Precision foi o primeiro baixo produzido em série e é até hoje o favorito de músicos do heavy metal ao jazz. E também, a Fender revolucionou o mercado de amplificadores, produzindo a sua linha mundialmente conhecida, frontman.

Mas, não vamos perder o nosso foco. A Fender só produziu dois modelos de guitarra, mas esses dois modelos foram o suficiente para levar o nome da empresa onde quer que ela fosse.

A guitarra mais famosa da Fender, e uma guitarra tão famosa como a Les Paul (da Gibson), é a Stratocaster. A "Strato", como é conhecida, foi desenhada por "Leo" Fender em 1954, e é até hoje o produto mais vendido da Fender, e o modelo mais copiado entre os demais fabricantes.


Fender Stratocaster.

A Stratocaster possui corpo duplamente cortado e topo largo, de forma a oferecer uma maior estabilidade ao guitarrista enquanto ele está em pé, algo que não acontece com o modelo SG da Gibson, por exemplo. Esse formato foi considerado revolucionário na época, porque contradizia tudo o que era conhecido em termos de produção de guitarra.

David Gilmour, guitarrista do Pink Floyd, e sua Stratocaster.
Em termos de sonoridade, a Stratocaster possui um som mais limpo, ideal para guitarristas de blues ou que gostam muito de solos. Outro destaque dessa guitarra, para mim, é o conforto. De todas as guitarras que tive oportunidade de tocar, a Stratocaster da Fender foi uma das melhores, em termos de postura do corpo e conforto para os braços.

Assim como a Les Paul tem muitos adeptos, a Stratocaster tem os seus. Usaram essa guitarra somente: Eric Clapton, George Harrison, David Gilmour, Jimi Hendrix e Yngwie Malmsteen, só para citar alguns.

Eric Clapton, um dos maiores guitarristas de todos os tempos.
 O segundo modelo mais conhecido da Fender é a Telecaster. Me disseram uma vez que a Telecaster foi uma tentativa da Fender de copiar a Les Paul, e se aproveitar do seu sucesso. Mas, acho que ocorreu o inverso, a Telecaster foi produzida 5 anos antes da Les Paul. Mas, como dizem nos livros: "Quem conta a história é quem vence a batalha". E todos sabemos que a Les Paul é uma guitarra superior à Telecaster em todos os aspectos.


Fender Telecaster.

A Telecaster entrou para a história como a primeira guitarra a ser produzida em série, e a primeira guitarra produzida pela Fender. Não conheço muito sobre a sua sonoridade, e uma vez vi uma foto de George Harrison com ela. Outro usuário da Telecaster é Bruce Springstein.

George Harrison, um dos grandes "culpados" por tudo que temos hoje.
Assim como os modelos da Gibson, a Fender também possui seus modelos customs. O que movimenta ainda mais o mercado da música.

Bruce Springstein e sua Telecaster.
Bom, essa foi a segunda parte do "Fantástico Mundo das Guitarras". Em virtude dos comentários gerados na primeira parte, ampliaremos essa série a três postagens. Então, até a próxima e última parte do "Fantástico Mundo das Guitarras", onde iremos falar sobre os novos fabricantes: Jackson, ESP e Ibanez.

domingo, 10 de abril de 2011

A Letra: Blood Brothers (Iron Maiden)

Quando criei esse blog, uma das idéias era escrever sobre letras de músicas, e acabei perdendo o foco. A intenção era desenvolver essa seção como se fosse uma conversa, o que realmente ocorre quando me reúno com os amigos e começamos a discutir as letras. Então, cada postagem de "A Letra" vai contar com um convidado especial.

Então, vamos começar a nossa "dissecação". A postagem hoje conta com a participação especial de Diego Fernandes nos comentários.

Iron Maiden na sua Brave New World Tour 2000/2001.

Blood Brothers foi composta por Steve Harris, baixista do Iron Maiden, e faz parte do álbum Brave New World (2000). Ela traz o estilo progressivo que passou a tomar conta das composições do Iron Maiden no século XXI.

Uma letra que mostra o mundo como ele é, mas que acima de tudo, procura unir as pessoas em uma só. Embora todos os problemas nos circundem, nós sempre seremos irmãos de sangue. Essa é a mensagem que Blood Brothers nos passa.

Diego Fernandes: Para começar, essa música é atemporal. Em qualquer época da humanidade ela se encaixaria, tanto na Idade Média como nos dias de hoje.

Incluída somente na turnê 2000/2001 do Iron Maiden, Blood Brothers para mim é uma das melhores músicas da banda. Recentemente, ela voltou a ser executada pela banda na sua turnê 2011, e Bruce Dickinson (vocalista do Iron Maiden) a dedica todas as noites às vitimas dos terremotos do Japão e a todas as pessoas do mundo que são perseguidas pelas suas diferenças étnicas e religiosas.

Diego Fernandes: Basta apenas dizer que essa é uma das estrofes da música: "Há horas que eu receio pelo mundo, há horas que eu me envergonho por todos nós, quando se está pairando sobre todas as emoções que se sente refletindo o bem e o mal".

O que vemos logo de cara pela letra é que o mundo é individual, todos estão preocupados com o "eu" e não com o "nós". O início da letra descreve isso: "Se você está passeando pelo Jardim da Vida, o que você irá ver? Somente um espelho refletindo os movimentos da sua vida, e no rio meus reflexos".

A intenção não é prolongar muito a análise, apenas compartilhar um pouco com vocês web-leitores. Para quem não quiser escutar a música, recomendo que ao menos leia a letra, segue abaixo a letra completa traduzida de Blood Brothers, retirado do site Terra:




Irmãos de Sangue

Se você está passeando pelo Jardim da vida
O que você pensa que irá ver?
Somente um espelho refletindo os movimentos de sua vida
E no rio reflexos meus

Por um segundo vejo de relance meu pai
E num movimento ele acena pra mim
Nesse momento as memórias são tudo que permanecem
E todas as feridas se abrem novamente

Nós somos irmãos de sangue
E conforme você olha ao redor o mundo em horror
O que você vê? Você acha que nós aprendemos?
Não, se você estiver olhando a guerra tumultuosa
Lá fora, nas ruas, onde bebês são queimados

Nós somos irmãos de sangue

Há horas que eu receio pelo mundo
Há horas que eu me envergonho por todos nós
Quando se está pairando sobre todas as emoções que se sente
Refletindo o bem e o mal

Algum dia nós saberemos qual a resposta para o que a vida realmente é?
Você pode me dizer o que a vida realmente é?
Talvez todas coisas que você sabe que são preciosas para você
Possam ser varridas pelas mãos do destino

Nós somos irmãos de sangue

Quando você pensa que nós já usamos todas as nossas chances
E a chance de fazer tudo direito
Continua fazendo os mesmos velhos erros
Faz o equilíbrio tão fácil
Quando vivemos nossas vidas no limite
Faça uma oração ao livro dos mortos

Nós somos irmãos de sangue

Se você está passeando pelo
Jardim da vida...

sábado, 9 de abril de 2011

Pure Rock: Ozzy Osbourne & Guitarristas


Em virtude da passagem do "Príncipe das Trevas" pelo nosso país, vamos dedicar nossa seção hoje a essa figura, que apesar de não tem nenhuma técnica vocal, é um dos meus vocalistas preferidos. Porque técnica todo mundo um dia aprende, mas escrever as letras que Ozzy escreve, não é para qualquer um. E aproveitar o espaço e homenagear também os grandes parceiros de Ozzy, seus guitarristas.

As pessoas são influenciadas pelas notícias, e acabaram por criar uma imagem completamente distorcida de Ozzy Osbourne. Para essas pessoas, gostaria apenas de dizer que leiam suas letras antes de opinar. São fantásticas. A parte instrumental das músicas sempre ficou a cargo do guitarrista da banda, e foram quatro ao longo de toda a carreira dele. 

O início foi com Randy Rhoads, de onde saíram os maiores clássicos de Ozzy. Depois veio uma pequena fase "glam rock" com Jake E. Lee, de onde saíram clássicos como Shot in the Dark e Bark at the Moon. Mas, um dos mais influentes foi Zakk Wylde, que trabalhou com Ozzy durante muito tempo, de onde saiu, só para citar um álbum, o No More Tears (1991). Atualmente Ozzy recrutou Gus G., que está demonstrando ser um guitarrista bem versátil.

Então, sem prolongar muito, vamos começar o nosso "Pure Rock":

#1 - Ozzy Osbourne - Mr. Crowley (Blizzard of Ozz, 1980)

Começar logo com o maior clássico de Ozzy Osbourne. Essa música fala sobre o estudioso de artes místicas Aleister Crowley, que é visto por muito como um bruxo. Mas, o que mais chama a atenção nessa música são os solos perfeitos de Randy Rhoads, sem palavras para descrevê-los.



#2 - Ozzy Osbourne - The Ultimate Sin (The Ultimate Sin, 1986)

Esse álbum é o auge da fase "glam rock" de Ozzy, e é um álbum excelente, porém injustiçado, os fãs não gostam muito dele. O trabalho de Jake E. Lee é muito bom, uma excelente técnica.




#3 - Ozzy Osbourne - Road to Nowhere (No More Tears, 1991)

Esse álbum é o auge de Zakk Wylde, na minha opinião, é simplesmente perfeito. E essa é minha música favorita, gosto muito da sua letra. Ela simplesmente nos diz: "Viva pelo hoje e não pelo amanhã, a estrada nunca acabará". A parte instrumental também é magnífica.




#4 - Ozzy Osbourne - Dreamer (Down to Earth, 2001)

Dreamer é uma música totalmente surpreendente. Em pleno início do século, Ozzy mostrou sua preocupação com a "destruição" da Terra, e expressou-a muito bem nessa música. Novamente, o trabalho de Zakk Wylde foi sensacional, a parte instrumental ficou muito boa.




#5 - Ozzy Osbourne - Let me Hear your Scream (Scream, 2010)

Para finalizar, homenagear o trabalho do mais novo parceiro de Ozzy Osbourne, Gus G., no mais novo álbum dele. Essa música tem elementos da fase Randy Rhoads, com solos fantásticos, e da fase Jake E. Lee, com riffs velozes. Resumindo, é uma música para fã nenhum colocar defeito.



Esse foi mais um "Pure Rock", até a próxima com mais rock'n'roll!!!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Quando o mundo se uniu em uma música

No ano de 1985, o mundo todo se uniu usando um forte instrumento para ajudar as vítimas da fome da África. Os artistas mais consagrados se uniram a Michael Jackson e executaram, o que acabou por virar um grande clássico, a música We are the World. Na gravação original estão presentes grandes artistas da época como o próprio Michael Jackson, Willie Nelson, Lionel Ritchie, Ray Charles, entre outros.

Pôster do Live Aid, com o line-up completo das atrações.

O lançamento da música foi acompanhado por um grande festival, o Live Aid. O festival aconteceu ao mesmo tempo em Londres e em Nova York e contou com as ilustres presenças de bandas como Duran Duran, Judas Priest, Black Sabbath e Queen, que realizou um dos melhores shows de toda a sua carreira nesse festival. Uma história interessante sobre o show do Queen é que a banda estava quase encerrando suas atividades, quando eles decidiram tocar no Live Aid, o show foi tão emocionante que enquanto eles tocavam Radio Ga Ga, um empresário ligou para os telefones da campanha de arrecadação do festival e doou 1 milhão de dólares.

Freddie Mercury, vocalista do Queen, no estádio Wembley, em Londres.

Mas, o que muita gente não sabe é que a campanha para ajudar a África não ficou somente restrita ao Live Aid. As bandas de heavy metal, que eram o segmento que mais crescia na música nos anos 80, se juntaram sob a liderança de Ronnie James Dio e comporam sua música tema para a campanha de ajuda à África. O projeto foi chamado de Hear'N'Aid (traduzindo para o português temos algo como "escute e cure").

Dio convidou representantes de todas as grandes bandas da época e gravou a música Stars. Além de Dio, marcaram presença na música grandes nomes como Rob Halford, vocalista do Judas Priest, Geoff Tate, do Queensryche, Kevin DuBrow, do Quiet Riot, Eric Bloom, do Blue Oyster Cult e Jon Dokken, do Dokken, só para citar alguns. Todas essas bandas em seu auge.

Capa do single Stars, do projeto Hear'N'Aid.

Entre os guitarristas convidados estão presentes Adrian Smith e Dave Murray, do Iron Maiden, Eddie Ojeda, do Twisted Sister e Yngwie Malmsteen, só para citar alguns também.

A música Stars é uma verdadeira obra-prima, e para mim foi uma verdadeira surpresa quando encontrei esse vídeo, porque não sabia que músicos de heavy metal haviam se juntado nos anos 80 para ajudar o mundo, para mim todos estavam sempre muito ocupados com suas turnês intermináveis.

Por fim, só nos resta apreciar esse grande clássico:


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Prosa Rock: O Fantástico Mundo das Guitarras pt. I

De volta com o quadro "Prosa Rock" em 2011, e este será em dose dupla.

Além de grande fã de música e rock'n'roll, também sou músico, e grande fã de guitarras. Muitas vezes as pessoas vêm as guitarras na televisão ou em shows mesmo e não sabem a história por trás daquela guitarra, a maioria delas têm um motivo para existir. Como esse assunto é muito vasto, vou dividir ele em partes, provavelmente uma parte será dedicada a cada grande fabricante. Assim, o nosso web-leitor pode conhecer melhor cada um deles e saber suas preferências.

Vou começar com o fabricante que mais admiro, a Gibson.

Logo da Gibson.

A Gibson foi fundada por Orville Gibson, no final dos anos 1890, e foi a primeira empresa a produzir guitarras no mundo. A maior revolução que a Gibson gerou foi nos anos 1950, quando produziu a sua mundialmente conhecida Les Paul, guitarra que leva o nome de um grande guitarrista. Les Paul e o designer Ted McCarty desenvolveram essa guitarra que é a mais usada no mundo hoje em dia. O modelo Les Paul foi imortalizado por grandes nomes da música como Jimmy Page, do Led Zeppelin.

Modelo Les Paul Standard. Um dos inúmeros modelos da guitarra mais famosa do mundo.

A guitarra Les Paul é pesada, e possui um som muito "fechado", voltado para os graves. Pensando nisso, a Gibson produziu em 1960 o modelo SG (abreviação para Solid Guitar, ou "guitarra sólida" em português). A SG é bem mais leve do que a Les Paul e possui um som mais "aberto", voltado para os agudos. Essa é a minha guitarra favorita da Gibson e ela foi imortalizada por dois grandes ídolos meus: Tony Iommi, guitarrista do Black Sabbath e Angus Young, do AC/DC.

Modelo SG Standard na cor cherry.

Nesse tempo, um fabricante despertou o interesse da Gibson por fabricar um modelo único de guitarra. A Epiphone criou a guitarra Casino, e foi logo comprada pela Gibson. Hoje, ambas as empresas são parceiras e fabricam os mesmos modelos de guitarra, mas só que a Epiphone fabrica de forma mais econômica e com qualidade equivalente à Gibson. O modelo Casino foi imortalizado simplesmente por B.B King, o grande rei do blues, e por John Lennon.

John Lennon e a sua Casino, fabricação original da Epiphone.

No decorrer dos anos, a concorrência entre fabricantes foi aumentando, principalmente com a Fender (que será tema da segunda parte desta postagem), o que levou a Gibson a produzir novos modelos de guitarra para atrair novos consumidores.

O modelo Flying-V foi criado no fim dos anos 1950, mas só efetivado pela Gibson em 1967, o que atraiu novos consumidores em busca de novos sons, como aconteceu com Jimi Hendrix, que viu nessa guitarra um diferencial para os seus shows, devido ao seu formato, por assim dizer, exótico.

Jimi Hendrix e a sua Flying-V personalizada.

Mas, foi com o surgimento do heavy metal, nos anos 1970, que modelos como a Flying-V e a Explorer passaram a ter suas vendas aumentadas. Bandas do famoso "thrash metal de garagem" dos Estados Unidos como o Metallica, o Megadeth e o Slayer, apareceram para o mundo usando Flying-V's e Explorer's, fazendo com que esses modelos ficassem para sempre imortalizados como as "guitarras do metal".

Modelo Explorer.

Com o passar dos anos, e com o surgimento de grandes guitarristas, adaptações dos modelos clássicos foram sendo feitas de acordo com as exigências de cada guitarrista, esses modelos são os chamados "customs", e também podem ser encontrados à venda nas lojas, mas, por um preço mais elevado.

Bom, esses são os modelos clássicos da Gibson, creio eu que você, web-leitor, já não vai olhar as guitarras com os mesmos olhos quando estiver assistindo a algum show, ou vendo alguma apresentação na televisão. A segunda parte desta série será dedicada exclusivamente à Fender. Vou deixar de fora os novos fabricantes, como ESP, Jackson e Ibanez, porque na minha opinião essas empresas se aproveitaram da revolução iniciada pela Gibson e pela Fender para produzir suas guitarras, não que sejam ruins, só não contribuíram historicamente como essas duas grandes empresas.

Até a próxima.