segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Dica de Livro: Pink Floyd e a Filosofia (George A. Reisch)


Você ficará tão curioso o quanto eu fiquei com o título deste livro. Assim que eu o vi, entre os livros do AC/DC e Rolling Stones numa livraria, decidi encarar o desafio e entrar de cabeça no mundo do Pink Floyd.

"Pink Floyd e a Filosofia" é uma coletânea de relatos e artigos, reunidos por George A. Reisch, que tem como tema comum o Pink Floyd. O livro na verdade foi escrito por filósofos, psicólogos e sociólogos que além de excelentes profissionais, são fãs incondicionais do Pink Floyd.

O livro nos leva por todo o psicodelismo do The Pipper at the Gates of Dawn e por toda a complexidade do Dark Side of the Moon até a fase "solo" do Pink Floyd com o The Final Cut e The Division Bell. Além de analisar as músicas e suas passagens instrumentais, o livro serve também como uma pequena biografia da banda, pois sempre fatos históricos são citados para justificar as músicas que foram compostas.

Esse livro é leitura obrigatória para quem é fã do Pink Floyd e também para quem não é fã e quer entender todo o universo "pink-floydiano".

Para quem se interessar, o livro custa em média entre R$40-50 e é facilmente encontrado em qualquer livraria.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pure Rock: Especial George Harrison


No dia de hoje estaríamos celebrando os 68 anos de vida de um dos melhores guitarristas da história da música. George Harrison nos encantou com seus solos e riffs por muito tempo, e participou da história da música, porque a revolução que ele fez junto com os Beatles foi muito grande.

Apesar de não ter tido muito espaço nas composições dos Beatles, ele conseguiu compor verdadeiros clássicos que competem por igual com as famosas composições Lennon/McCartney.

Assim como John Lennon, não acompanhei muito o trabalho solo de George Harrison, só escutei o seu primeiro álbum, o All Things Must Pass (1970). Mas, na sua fase Beatles, posso dizer que minhas canções favoritas foram as compostas por ele.

Sem prolongar mais, vamos à nossa homenagem a George:

#1 - George Harrison - All Things Must Pass (All Things Must Pass, 1970)

Vamos começar essa homenagem nas próprias palavras de George Harrison: "Essa canção mostra a natureza do mundo físico, tudo muda todo o tempo desde que nascemos e morremos, mas a nossa alma permanece a mesma, enquanto o corpo muda. É a natureza da dualidade, tudo passa exceto a essência da vida."




#2 - The Beatles - Something (Abbey Road, 1969)

Essa é a minha música favorita dos Beatles, e não tenho palavras para descrevê-la. A sua melodia é fantástica e o solo é algo que você canta junto com a música de tão perfeito que é.




#3 - The Beatles - While My Guitar Gently Weeps (The Beatles, 1968)

O conceito de perfeição deveria ser mudado nos dicionários para "While my Guitar Gently Weeps", porque é o que essa música realmente é. O que tenho a acrescentar é que o solo dessa música contou com a participação de Eric Clapton, grande amigo de George.




#4 - George Harrison - My Sweet Lord (All Things Must Pass, 1970)

Essa música eu conheci por acaso, assistindo um dia o canal VH1 depois do almoço, e gostei logo de cara. O que gosto da carreira-solo de George é que as barreiras que limitavam as suas composições nos Beatles foram removidas, e ele finalmente começou a trabalhar do jeito que gosta.




#5 - The Beatles - Here Comes The Sun (Abbey Road, 1969)

Para finalizar, mais uma música do Abbey Road, grande álbum dos Beatles. Mais uma vez, não consigo descrever essa música em palavras, vamos apenas apreciá-la.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A marcha do Nordheim

Por que tudo que é bom acaba rápido? Dentre tudo o que podemos pensar, a vida da banda carioca Nordheim é uma delas. Eu os conheci em 2004, quando passaram por Mossoró/RN com a sua Total War tour, promovendo o seu EP Total War, que faria parte de um possível novo álbum.

Formação original do Nordheim.

A banda formada por Armando Pereira (bateria), Thiago Perrel (teclado), Roberto Sans (baixo) Davis Ramay (guitarra), Hélio Oliva (vocal) e Gustavo Silveira (guitarra e vocal);  já tinha lançado o ...And the Raw Metal Power, uma verdadeira obra-prima. Quando escutei o álbum pela primeira vez imaginei que eles seriam o futuro do heavy metal nacional, preenchendo as lacunas deixadas pelas bandas anteriores que tão bem representaram o nosso país no cenário mundial do rock'n'roll ao longo dos anos.

Capa do ...And the Raw Metal Power.

O primeiro álbum deles possui o que considero ser grandes clássicos do heavy metal nacional como a explosiva River of Death, abrindo o álbum, e as excelentes Hammer of Gods e The Metal March. Músicas que reunem a velocidade das bandas de power metal, como o HammerFall, com o peso das bandas de heavy metal tradicional como o Judas Priest. O que acho interessante nas suas músicas são as misturas dos vocais "limpos" de Helio Oliva com os vocais "death metal" de Gustavo Silveira, que além de excelente guitarrista é um excelente vocalista também.

Capa do EP Total War.

A banda passou por pequenas alterações na formação após a turnê do primeiro álbum e lançou o EP Total War com 3 músicas novas e versões ao vivo gravadas em Fortaleza/CE de 4 músicas do primeiro álbum: River of Death, Raining Fire, Hammer of Gods e The Metal March. Escutando o Total War podemos ver que a banda queria continuar o trabalho iniciado no ...And the Raw Metal Power, a faixa-título do EP, Total War, reúne peso e velocidade em uma excelente dose, misturando vocais mais rasgados com os agudos.
Cartaz do IIIº Rockstage em Mossoró/RN, com Nordheim. (agradecimento: Ycaro Fernandes)

Após a turnê do EP eu perdi completamente o contato com a banda e não tive mais notícias sobre novos álbuns, acho que a marcha deles acabou precocemente. A música deles ficará registrada para sempre no seu excelente primeiro e único álbum, mas ficam aqui os desejos de que um dia eles voltem e continuem a sua  Metal March!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Cantar ou não cantar?

O que fazer quando todas as portas se fecham? Ou quando todas as luzes se apagam?

Desde a infância, todos nós aprendemos a nos segurarmos na religião para colocar luz em nossas vidas e atravesar todas essas barreiras, mas algo que está bem ao nosso alcance e tem o mesmo poder é a música.

Assim, me fiz essa pergunta: cantar ou não cantar?

A música nos acompanha em todos os momentos. Temos músicas tristes para dias tristes, temos músicas alegres para curar a tristeza e temos músicas pesadas para expulsar todos os males que estão nos incomodando.

Quando cantamos, mesmo que mal, estamos colocando o nosso corpo em sintonia com a melodia, estamos mudando a nossa frequência. Forró, reggae, rock'n'roll, não importa o estilo, a música é vida.

Infelizmente são poucas as pessoas que desfrutam do poder que ela oferece, vejo isso quando converso com as pessoas na rua sobre o assunto. Então, vamos acreditar na nossa música, não faz mal tentar, ou em outras palavras, vamos cantar!!!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O futebol e o rock'n'roll

Depois de uma quarta-feira (02/02) movimentada no cenário futebolístico, enquanto assistia a derrota do Baraúnas/RN para o ABC/RN, no provável último jogo do ano que vou assistir no gigante de cimento, o Nogueirão, em Mossoró/RN; pensei em como o rock'n'roll esteve ligado ao esporte e principalmente ao futebol ao longo de toda a sua história.

Andreas Kisser vestido com a camisa do São Paulo.

Para começar, de forma explícita temos torcedores que levam o amor pelos seus clubes aos palcos, como Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura e torcedor do São Paulo e Steve Harris, baixista do Iron Maiden que carrega em seu instrumento o escudo do seu clube, o West Ham. Não é a toa que dizem que o mundo é uma bola, o próprio Iron Maiden chegou a montar um clube de futebol por volta de 1998, para jogar enquanto estavam de folga dos shows.

Steve Harris com o escudo do West Ham no seu instrumento.

Alguns foram mais longe e comporam músicas falando do futebol, o melhor exemplo é a música Uma Partida de Futebol, originada a partir da parceria entre Nando Reis e Samuel Rosa, guitarrista e vocalista do Skank.

Ambos são grandes espetáculos, não consigo descrever em palavras a força de um estádio lotado, tanto para uma partida de futebol como para um grande show de rock'n'roll. Uma vez me disseram que "um show de rock'n'roll pode mudar o mundo", mas essa frase é muito bem estendida para uma partida de futebol, a prova disso foi a Copa do Mundo realizada na África do Sul no ano passado.

Vou concluir esses pequenos comentários nas palavras do Skank: "Que coisa linda é uma partida de futebol".