terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Humor Hall #7

Caminhando nesse mundo cercado pelo rock'n'roll, acabei por esbarrar com a figura de "Aqualung". Para quem não conhece, "Aqualung" é o retrato do mendigo que viveu na Grã-Bretanha nos anos 70, retrato imortalizado pelo álbum Aqualung (1971), do Jethro Tull.

Pois bem, em pleno 2011, ainda encontrei o "Aqualung" por aí:

"Aqualung".

capa do Aqualung (1971), grande clássico do Jethro Tull.
Esta provavelmente será a última postagem do ano, que venha 2012 com muito mais rock'n'roll e em nome do Rock'N'Prosa, gostaria de agradecer ao apoio de todos os web-leitores nesse ano de 2011.

Keep on rockin'!!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Especial de Natal


É período natalino, uma data que prega a confraternização mundial das famílias. O rock'n'roll não ficou de fora disso tudo e produziu o seu próprio material natalino ao longo dos anos.

Quem acompanha o dia-a-dia das bandas, nesse período, cansa de ver cartões natalinos e desejos de "feliz natal" por quase todas as bandas. O Iron Maiden anualmente lança seu famoso cartão de natal. O que gosto disso é que mostra o lado "humanitário" das bandas, para quebrar um pouco daquela visão xiita que a maioria das pessoas tem, de que todo fã de rock'n'roll é uma criatura das profundezas do outro mundo.
Cartão de natal 2010 do Iron Maiden.

O Twisted Sister, banda de hard-rock dos anos 80, foi mais longe e produziu um álbum inteiramente destinado ao Natal, intitulado A Twisted Christmas (2006). no álbum encontramos músicas muito bem humoradas com o tema natalino por trás como I Saw Mama Kissing Santa Claus ou I'll be Home for Christmas, sem contar na cativante Heavy Metal Christmas (uma paródia do clássico natalino Twelve Days of Christmas).
capa do A Twisted Christmas (2007).

Até o Lynyrd Skynrd decidiu entrar nessa e lançou o Christmas Time Again (2000), mas só que ao contrário do Twisted Sister, eles interpretaram as canções natalinas de forma original.
capa do Christmas Time Again (2000).

Voltando ao lado mais bem humorado do natal. O show de natal do Twisted Sister já virou tradição, e todos os anos eles celebram o natal em Las Vegas, nos Estados Unidos, com um show no verdadeiro clima natalino, com direito a Dee Snider festido à carater e tudo. É uma brilhante forma de manter o espírito do natal sem deixar de lado o rock'n'roll.
Dee Snider em um show do famoso Twisted Christmas, o natal do Twisted Sister.
Espero que tenham gostado dessa viagem natalina no rock'n'roll. E para terminar, em nome do Rock'N'Prosa, gostaria de desejar a todos um feliz "Heavy Metal Christmas":



sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sou Colecionador: Sacudindo a poeira

HammerFall (formação de 2005, da esquerda para a direita): Oscar Dronjak (guitarra), Anders Johansson (bateria), Joacim Cans (vocal), Stefan Elmgren (guitarra) e Magnus Rosen (baixo).
Em um daqueles poucos momentos em que sentamos em frente à nossa coleção, decidi hoje sacudir um pouco da poeira de alguns CD's e acabei por encontrar o Chapter V: Unbent, Unbowed, Unbroken (2005), do HammerFall. 

Confesso que fazia mais de 4 anos que não escutava esse CD. Esse álbum foi lançado logo depois do ao vivo One Crimson Night (2003), e é um bom álbum, não o melhor do HammerFall. Músicas como Secrets, Blood Bound e Hammer of Justice ficam grudadas na sua cabeça, assim também como a quase balada Never Ever.

Esse é um dos lados bons da coleção, re-encontrar seus antigos álbuns. Eu lembro que comprei esse álbum assim que saiu, na época o HammerFall era uma das minhas bandas favoritas, mas só que os demais álbuns deles foram ficando muito previsiveis e parei de acompanhar. Mas, semanalmente escuto o Crimson Thunder (2002), o melhor álbum do HammerFall para mim e um dos melhores da história do power metal (escola do rock a qual o HammerFall se enquadra).

Aproveitando o momento "HammerFall", escutei também depois de muito tempo o Glory to the Brave (1997), excelente álbum de estréia deles, de onde saíram clássicos como Glory to the Brave, The Dragon Lies Bleeding e Steel Meets Steel.
Minha coleção dedicada ao HammerFall. Acima o DVD One Crimson Night,  na primeira linha o Crimson Thunder (à esquerda) e o One Crimson Night, e na segunda linha o Glory to the Brave (à esquerda) e o Chapter V:Unbent, Unbowed, Unbroken.

E para finalizar, não podia deixar de assistir mais uma vez o show registrado no DVD One Crimson Night (2003), em Gotemburgo, na Suécia. Para minha surpresa, eu ainda lembrava das falas do vocalista Joacim Cans e revivi mais uma vez The Way of the Warrior, uma das minhas músicas favoritas do HammerFall, que brilhantemente é executada no DVD.

Bom, web-leitores, essa foi mais uma história da minha coleção. Para concluir, fiquem com The Way of the Warrior, do DVD One Crimson Night (2003):




domingo, 11 de dezembro de 2011

Dos jogos ao seu rock


Não é de conhecimento de muitos que a indústria do entretenimento eletrônico hoje é até maior do que a cinematográfica. Do final dos anos 2000 para cá as produtoras de jogos eletrônicos deram um salto gigantesco e hoje podem ser consideradas como as maiores companhias do entretenimento, desbancando até os indestrutíveis estúdios produtores de filme.

A produção de um jogo eletrônico hoje exige a mesma, ou senão, maior quantidade de trabalho do que para produzir um filme. E assim como os filmes, os jogos hoje estão produzindo trilhas-sonoras próprias, e é aí que entra o nosso velho rock'n'roll.

Sempre que possível, as produtoras incluem bandas de rock no enredo de sua obra e é claro que cada nova banda de rock, mesmo que fictícia, traz uma nova música. A primeira vez que presenciei isso foi no jogo Vice City, da série Grand Theft Auto. A Rockstar, produtora do jogo, criou o Love Fist, banda de hard rock que teve seu auge nos anos 80. As músicas não são comparáveis com o Journey ou Twisted Sister, por exemplo, mas até que são "escutáveis". O importante disso foi a quebra do paradigma, porque abriu as portas para outras produtoras tentarem isso também.





Voltando mais no tempo, para o início dos anos 90, temos o jogo Duke Nukem, que teve seu tema principal composto nada mais, nada menos, que pelo Megadeth. Até onde me lembro, essa foi a primeira vez que uma banda de rock dedicou uma composição a um jogo eletrônico. Assim como o jogo, o tema principal também virou um clássico.

Essa fórmula parece que vem dando certo, o Megadeth (mais uma vez) e o Blind Guardian divulgaram suas novas composições através de jogos recentemente. A impressão que eu tenho é que esse era um mercado adormecido que foi descoberto pelas gravadoras. O próprio Blind Guardian "apareceu" executando sua nova música Sacred no jogo de mesmo nome:





Quem ganha com tudo isso são os fãs de jogos e de rock'n'roll, porque as surpresas são maiores. O último fato desse tipo que presenciei foi no jogo Alan Wake, que diga-se de passagem, um dos melhores que já joguei até hoje. Os produtores encaixaram dois velhos motoqueiros, que tinham uma banda chamada Old Gods of Asgard nos anos 70, no enredo do jogo, e divulgaram duas de suas composições no decorrer da trama. A música The Poet and the Muse foi composta exclusivamente para o jogo, e ela simplesmente fica na sua cabeça, por isso gostaria de encerrar essa pequena viagem pelo mundo eletrônico com ela:




Como aconteceu no ano passado, nesse fim de dezembro e início de janeiro o blog faz a sua parada habitual, mas sempre que possível vou retornar com mais contos do mundo rock'n'roll.

Até breve.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Parar pra quê?

capa do Into the Wild (2011), do Uriah Heep.
Essa é uma temática que sempre aparece quando falamos de bandas mais antigas. Como tudo na vida, o tempo de sobrevivência das bandas divide opiniões. Existem pessoas que acreditam que as bandas devem ser igual aos Beatles, que acabaram antes de se desgastarem e viraram lendas, e tem pessoas que querem que a banda dure para sempre, mesmo que a banda se desgaste com o tempo, por exemplo, os Rolling Stones.

Em meio a tudo isso, eis que aparece o Uriah Heep. Os primeiros álbuns deles datam dos anos 70 ainda, de onde podemos citar os excelentes Demons and Wizards (1972) e Salisbury (1971). Pois bem, em maio desse ano eles lançaram o Into the Wild (2011), o 23º álbum de estúdio da sua carreira.
Uriah Heep (da esquerda para a direita): Russell Gilbrook (bateria), Phil Lanson (teclados),  Bernie Shaw (vocais),  Mick Box (guitarra) e Trevor Bolder (baixo).

Hoje eu finalmente parei para escutar o álbum, que diga-se de passagem, foi um presente da Hellion Records. Escutando os primeiros acordes de Nail on the Head foi que me fiz essa pergunta: "Parar pra quê?". A música fica na sua cabeça, quase como um prego perfurando seu cérebro, não sei se era essa a intenção. Mas, apesar do refrão repetitivo, é uma grande música, digna do nome Uriah Heep.

No decorrer da audição do álbum outras músicas foram chamando a atenção, como I'm Ready, a melhor do álbum para mim, e Trail of Diamonds, com um coro fazendo lembrar os bons tempos de Lady in Black. Apesar dos 40 anos de carreira, a banda ainda não perdeu nada do seu peso, músicas como Southern Star e Believer mostram isso com maestria. E o que falar do encerramento do álbum com Kiss of Freedom? Uma grande música para encerrar um grande álbum.

Não sei se Into the Wild (2011) está entre os melhores do ano, mas só que sei que ele serviu para mostrar que as bandas antigas ainda conseguem produzir trabalhos de qualidade. Então, deixem o rock viver.




segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Dica de álbum: Tedeschi Trucks Band - Revelator (2011)

capa do Revelator (2011), do Tedeschi Trucks Band.

É sempre muito bom descobrir uma nova banda, e a última na minha lista foi o Tedeschi Trucks Band. Depois que uma série de coincidências me levaram ao SWU para o show do Lynyrd Skynyrd, fui procurar saber mais sobre as bandas que dividiriam o palco Consciência com as lendas-vivas do rock sulista americano, e foi aí que começou minha história com o Tedeschi Trucks Band.

O Tedeschi Trucks Band é uma banda com 11 integrantes lideradas por Susan Tedeschi e Derek Trucks, músicos experientes que nunca haviam tocado juntos antes. Ambos decidiram interromper as atividades de suas bandas e montar um projeto, foi aí que surgiu essa nova banda que já nasceu com status de "grande".

A banda faz uma mistura de funk, blues e rock, e o resultado disso tudo está no álbum de estréia deles, o Revelator (2011). Sentei para escutar o álbum uma semana antes do show no SWU e já virei fã da banda logo de cara. A diversidade de estilos nas composições é excelente, eles souberam usar a experiência à seu favor.

Susan Tedeschi e Derek Trucks, os mentores do Tedeschi Trucks Band.

O álbum possui músicas com uma rítmica mais acelerada como Bound for Glory e Shelter, e músicas mais lentas e profundas como Until You Remember e Midnight in Harlem.

O show do Tedeschi Trucks Band é algo que beira o fantástico, a habilidade da banda ao vivo é surpreendente, com direito a muitas jams, o que em uma banda com 11 integrantes, dá para imaginar a qualidade.

Esse álbum ainda não está à venda no Brasil, mas quem quiser adquiri-lo basta dá um pulo na Amazon e garantir o seu. 

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Resenha de shows: Lynyrd Skynyrd (13/11/11 - Paulínia/SP)


Para início de conversa, se alguém me perguntasse se um dia eu veria o Lynyrd Skynyrd ao vivo, eu provavelmente diria que não. Em mais de 40 anos de carreira eles nunca vieram ao Brasil, por que viriam logo agora?

Pois bem, quase como uma jogada de mestre a organização do SWU anunciou o Lynyrd Skynyrd como a sua atração principal para o domingo dia 13/11, na cidade de Paulínia/SP. Banda que para mim faz parte dos quatro pilares do rock'n'roll, espaço também ocupado pelo Pink Floyd, The Beatles e Iron Maiden.

Por se tratar de um festival, o show seria mais curto, porém não menos bom, e outras atrações dividiriam o palco com as lendas do rock sulista americano.

Aproximadamente às 15:30 a equipe Rock'N'Prosa aportou no Parque Brasil e se deparou com a imensa estrutura do festival, algo para cinema. Entramos ainda a tempo de escutar Zé Ramalho tocando Admirável Gado Novo, foi uma pena não ter assistido o show. Mas, tivemos a honra de assistir o excelente show do Tedeschi Trucks Band, que irei comentar melhor em outra ocasião. 

A chuva que caiu na cidade durante toda a tarde e noite não tirou a magia do festival, pelo contrário, o deixou melhor ainda. Ainda assisti de perto o grande show do Duran Duran e do Ultrage a Rigor. Foi uma pena ter visto somente o Peter Gabriel & New Blood Orchestra de longe, mas tinha que assegurar o meu lugar junto à grade para o Lynyrd Skynyrd.

Depois de quase 4 horas em pé e de muita dor no joelho, eis que finalmente chega a esperada hora do show do Lynyrd Skynyrd, e eles fizeram valer a pena a espera.

As lendas-vivas do rock sulista entraram no palco Consciência agitando com Workin' for MCA, seguida de I Ain't the One, dois grandes clássicos da fase clássica da banda. Após saudar o público, Johnny Van Zant, irmão de Ronnie Van Zant (vocalista da primeira formação do Lynyrd) anuncia Skynyrd Nation, do álbum God & Guns (2009). Essa música é meio que uma resposta para todos que diziam que o Lynyrd Skynyrd tinha acabado com o acidente de avião nos anos 70. A banda continua unida, apesar das "baixas", compondo músicas de qualidade.

Depois daí clássicos foi o que não faltou no show. A banda continuou o show com What's Your Name, That Smell e Down South Juckin', seguidas de I Got the Same Old Blues e I Know a Little.

Logo em seguida veio para mim o melhor momento do show. Johnny anuncia que a próxima música é dedicada a todos os ex-integrantes da banda, que como ele disse: "estão morando no paraíso do rock'n'roll". Depois do anúncio veio simplesmente Simple Man, cantada fervorosamente por todos enquanto que o telão exibia imagens dos membros da banda de todos os tempos, com destaque para Billy Powell, pianista da banda que faleceu no ano passado.
Lynyrd Skynyrd no SWU.
O Lynyrd ainda relembrou um antigo clássico de Jimmie Rodgers, que a banda tocava nos anos 70, T for Texas, que veio seguida de Gimme Three Steps, do primeiro álbum. Ainda teve espaço para Call me the Breeze e a clássica Sweet Home Alabama, com direito à bandeira dos Confederados presa ao microfone de Johnny, como seu irmão Ronnie gostava de fazer.

Em seguida a banda deixa o palco e pouco tempo depois volta para o bis. Johnny trazia agora as bandeiras dos Estados Unidos e do Brasil presas ao seu microfone e anuncia a épica Free Bird, acompanhada por todos os presentes.

Após os 14 minutos de Free Bird, 10 só de solo, como é o costume, a banda encerra esse que é um forte candidato a "show do ano". O que me impressionou foi o nível de simpatia de todos, porque eu imaginava, por eles serem velhos, que ficariam parados o show inteiro, mas não, eles correram, pularam, interagiram bem com o público.

É claro que um show de bandas como o Lynyrd Skynyrd sempre vai deixar faltando "aquela música", se é que vocês me entendem. O set-list foi brilhante, mas confesso que queria ter visto Travelin' Man e Tuesday's Gone, mas tudo bem, fica para a próxima.

Então, web-leitores, esse foi o show do Lynyrd Skynyrd no SWU, espero que tenham gostado dessa resenha e até o nosso próximo show.

Para quem quiser assistir o show, o Multishow transmitiu ao vivo na íntegra, confiram abaixo:





quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O mestre da música

Ennio Morricone.
No dia de hoje um dos maiores gênios da música está completando 83 anos de existência. Ennio Morricone é um dos maiores compositores do nosso tempo, e produziu grandes temas como Cinema Paradiso (1988), e a trilha de um dos melhores filmes de faroeste de todos os tempos: The Good, the Bad, the Ugly (1966) (título original: Il buono, il brutto, il cattivo), não conheço o título em português.

Mas, você pode está se perguntando: o que é que Ennio Morricone tem a ver com o rock'n'roll?

Eu vos digo: Tudo!!

Estudos comprovam que o perfil de um fã de rock'n'roll é idêntico ao perfil de um fã de música clássica, e já foi mostrado nesse blog como a música clássica está ligada ao rock'n'roll (se você perdeu, clique AQUI). Então, é mais que justo o Rock'N'Prosa homenagear esse grande ícone da música em seu aniversário.

Sempre acompanhei de perto o trabalho de Ennio Morricone por ser um grande fã de filmes de faroeste, como Era uma vez no Oeste (1968). Em suas composições ele consegue prender a atenção de quem aprecia a sua obra, variando as melodias, incluindo até solos de vocal, o que deixa as suas músicas com uma força a mais.
Ennio Morricone regendo sua orquestra em Veneza, Itália, em 2008.
Não quero desmerescer compositores como Mozart ou até Beethoven, mas Ennio Morricone conseguiu transformar a música clássica em algo "moderno", por assim dizer, é uma música agradável aos ouvidos, independente do seu gosto musical. Por isso o considero como um dos maiores compositores de todos os tempos.

Aqui no Brasil temos uma pessoa que também pensa assim, que é o maestro João Carlos Martins, que ultimamente misturou samba à obra de Bach, uma mistura muito interessante, que eu tive a honra de assistir em Florianópolis/SC em abril desse ano.

Mas, será que existe uma relação da obra de Ennio Morricone com o rock? Pois bem, isso de fato existe. 

O Metallica, maior banda de rock do mundo atualmente, abre os seus shows desde a década de 80 até os dias de hoje com The Ecstasy of Gold, tema do filme The Good, the Bad, the Ugly (1966). E, um momento marcante aconteceu em 1999, quando o Metallica lançou o DVD S&M (1999), ocasião em que executou um show com a Orquestra Filarmônica de São Francisco. No presente show, a abertura como não poderia deixar de ser foi com The Ecstasy of Gold, mas ela foi executada pela orquestra, um grande momento que vocês podem conferir abaixo:




Bem, essa foi nossa homenagem a esse grande gênio da música, e para acabar com música, fiquem com a execução de The Good, the Bad, the Ugly regida pelo mestre Ennio Morricone:




sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Um acústico pra lá de especial

Nos tempos em que as pessoas dizem que o rock'n'roll está quase morto, e nos tempos em que a MTV domina todo e qualquer tipo de "acústico", eis que surge uma exceção à regra.

capa do Acoustic, but Plugged In! (2011), do Hangar.
Contradizendo tudo o que foi definido para a cena nacional do rock'n'roll, principalmente a quase "underground", o Hangar surpreende todos com o seu mais novo trabalho, Acoustic, but Plugged In! (2011).

Desde o início dos anos 90, bandas como o Angra faziam shows acústico, mas em mais de 20 anos de carreira eles nunca tiveram a audácia que o Hangar teve de lançar um álbum acústico. Seguindo os passos do Angra, o Hangar também realizou shows acústicos em suas turnês, e baseado nisso a banda de Aquiles Priester decidiu gravar versões acústicas das músicas que marcaram a carreira do Hangar.
Hangar (da esquerda para a direita): Eduardo Martinez, Aquiles Priester, André Leite, Nando Mello e Fábio Laguna.

Escutei ontem todo o álbum, dentre as 15 músicas, o que eu achei um exagero, existem verdadeiras obras de arte e outras músicas que não se adequaram muito bem ao acústico. Mas, as partes boas prevalecem.

Os arranjos desenvolvidos foram excelentes e a maior surpresa foi escutar as músicas mais pesadas do Hangar em uma sonoridade acústica, sem o peso. Músicas como The Reason of your Conviction e The Infallible Emperor, listadas entre as mais pesadas do Hangar, ganharam uma conotação completamente diferente no acústico, o que as deixaram com um charme a mais.

Músicas como Solitary Mind e Based on a True Story, que já são "acústicas" por natureza se adequaram bem ao álbum, assim também como Dreaming of Black Waves, apesar da voz de Humberto Sobrinho fazer falta em algumas partes, não tirando o mérito de André, de longe um grande vocalista. Mas, o grande destaque do álbum vai para a nova composição do Hangar, Haunted by your Ghosts:






Essa música foi composta especialmente para o acústico e é uma música que fica na sua cabeça assim que você a escuta. Além da sonoridade, o que me chamou a atenção na primeira vez que a escutei foi a letra. A letra traz uma mensagem positiva, algo como Time to Forget, nos falando para esquecer o passado e seguir em frente.

Concluindo a audição do álbum, saí com uma boa impressão do novo vocalista, André Leite. Primeiramente, as críticas por ele tocar em uma banda gospel não tem nenhum fundamento, isso não o impede de tocar em uma banda de heavy metal. E também, gostei do terço que ele usa no pulso direito, fica quase como uma marca registrada. Sobre a sua voz, músicas como Based on a True Story fazem os fãs sentirem falta de Humberto Sobrinho, mas isso é normal com todo novo vocalista. Tenho certeza que André fará um grande trabalho no Hangar.

Enfim, gostei muito do novo álbum do Hangar, e quem quiser adquiri-lo basta dá um pulo na DieHard, eles entregam para todo o Brasil e o preço do álbum está muito bom para a quantidade de trabalho que foi investida nele.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Os fogos de artifício

capa do Fireworks (1998).

Hoje peguei o meu Fireworks (1998), depois de uns 4 anos, e coloquei para tocar. Lembranças de uma infância muito boa vieram na minha cabeça enquanto escutava os primeiros acordes de Wings of Reality. Me lembrei do VHS que tinha de um show do Angra em Natal/RN, e me lembro do vocalista André Matos falando: "Boa noite, Natal", e do espanto de minha mãe ao escutar uma banda falando em português.

Me lembro ainda do primeiro dia em que escutei Lisbon, música que ficou na minha cabeça desde então, e ainda me lembro da emoção que foi ver ela sendo executada ao vivo no show do Shaman, no Ceará Music em 2003.

O Fireworks (1998) foi o último álbum da formação clássica do Angra, foi o fim de uma promissora era. Fase que produziu relíquias como o Angels Cry (1994) e o Holy Land (1995), donos dos maiores clássicos da banda. Após esse álbum, a banda se dividiu de forma não-amigável: os guitarristas Rafael Bittencourt e Kiko Loureiro continuaram no Angra e lançaram os melhores álbuns de toda a carreira da banda: Rebirth (2002) e Temple of Shadows (2004), e os demais membros formaram o Shaman, outra grande banda, dona do Ritual (2003), um dos melhores álbuns que escutei na minha vida.

Assim como os fogos de artifício, que iluminam a noite e ficam em nossa memória, devemos trilhar o nosso caminho sem nunca deixar de lado o nosso ideal e nossos irmãos. Esses pequenos relatos servem apenas para que nós não esqueçamos quem nós somos, e melhor, para que não esqueçamos quem fomos.

Viva sempre sob as "asas da realidade" e mantenha as boas lembranças que você tem sempre em primeiro plano.






sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A Letra: Resist (Rush)

Rush: Alex Lifeson (guitarra), Gedy Lee (baixo) e Neil Peart (bateria).
Quem vem aí? Isso mesmo, "A Letra" vem mais uma vez marcar sua presença aqui no Rock'N'Prosa. Hoje vamos falar sobre uma das minhas músicas favoritas do Rush, não só instrumentalmente, mas também por causa de sua letra. É, web-leitores, a coluna "A Letra" hoje conta com a presença de Resist, do álbum Test for Echo (1996). Hoje estamos contando com a participação de Thiago Costa.

Na vida temos que aprender a ser resistentes a tudo, mas sempre tem algo que consegue escapar a essa resistência. É com isso em mente que Gedy Lee & Cia. nos convida a embarcar nesse mundo imerso em pensamentos.

A letra inicia com a seguinte frase: "Eu posso aprender a resistir a tudo menos à tentação". Ou seja, sempre somos tentados a fugir do que realmente nós somos, seja por medo de enfrentar o mundo ou por influências externas, e é justamente a "tentação" que nos faz mudar de caminho. A música nos diz que além de não mudar quem nós somos, nós também não podemos mudar o mundo, ou nas palavras do Rush: "Eu posso aprender a conviver com todas as coisas que eu não posso explicar". A letra fala por si só, recomendo estritamente que vocês a leiam, e também escutem a música, vocês não se arrependerão.

O Rush é uma banda de rock progressivo do Canadá e é uma das minhas bandas favoritas. Meu primeiro contato com Resist foi no DVD Rush in Rio (2003), na ocasião o Rush executou uma versão acústica dela, que acho ainda melhor do que a original.

Thiago Costa: Essa musica é de uma sensibilidade incrível, a cada verso que é cantado a musica penetra mais e mais na alma do ouvinte, formigando na cabeça as palavras ditas, chegando até mesmo a ter momentos otimistas. Costumo escutar especialmente quando estou meio para baixo, sempre me ajuda.

Uma parte que gosto é no final da música, quando a letra nos diz: "Você pode se render sem uma oração, mas você nunca pode orar sem se render". Eu particularmente acho essa parte muito forte, se você não entendeu, sugiro que leia novamente esse verso, é a música inteira resumida em poucas palavras. O que eu entendo dele é o seguinte: quando você está só no mundo e não tem mais a quem recorrer para tentar resistir, você deve voltar para dentro de si e arranjar forças para continuar sua jornada, ou como a própria letra continua: "Você pode lutar sem vencer, mas nunca vencerá sem antes lutar".

É com isso em mente que eu convido vocês a apreciarem essa brilhante música. Agradecendo novamente ao Terra pela tradução da letra:




Resist

Eu posso aprender a resistir
À qualquer coisa menos à tentação
Eu posso aprender à co-existir
Com qualquer coisa menos com o medo

Eu posso aprender a entrar em acordo
Com tudo menos com meus desejos
Eu posso aprender a conviver
Com todas as coisas que eu não posso explicar

Eu posso aprender a resistir
À qualquer coisa menos à frustração
Eu posso aprender à persistir
Com qualquer coisa sem grandes objetivos

Eu posso aprender a fechar meus olhos
À qualquer coisa menos à injustiça
Eu posso aprender a conviver
Com todas as coisas que eu não conheço

Você pode se render
Sem uma oração
Mas nunca pode realmente orar
Sem uma rendição
Você pode lutar
Sem nunca vencer
Mas você nunca vencerá
Sem antes lutar.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O último voo de uma era


Há exatos 34 anos um acidente de avião dizimou quase por completo uma das melhores bandas que passaram por esse planeta, o Lynyrd Skynyrd. 

O Lynyrd Skynyrd é uma banda de rock sulista (ou do inglês southern rock) formada nos Estados Unidos nos anos 70, o seu estilo ficou bem caracterizado pela junção do rock'n'roll com a música country americana, muito popular.

Apesar do fim da Guerra Civil, o preconceito entre Norte e Sul continuava grande nos Estados Unidos, algo como o que acontece com o Nordeste no Brasil. Em meio a isso, o Lynyrd Skynyrd cantou sobre as belezas do Sul e o seu povo. Não é à toa que a bandeira dos Confederados está sempre presente em seus shows, ao invés da bandeira americana (ou da União). Nesse período a banda lançou grandes clássicos como Sweet Home Alabama, Simple Man e Free Bird, sendo considerado um dos maiores clássicos da era hippie, época do festival Woodstock.

A tragédia que interrompeu a brilhante história do Lynyrd Skynyrd aconteceu uma semana após o lançamento do álbum Street Survivors (1977). O avião que levava o vocalista Ronnie Van Zant,  o guitarrista Steve Gaines e a backing vocal Cassie Gaines, caiu numa floresta na Lousiana, com mais dois integrantes da banda, que sobreviveram ao acidente, o que inclui o guitarrista Gary Rossington. Logo após o acidente a banda acabou e o álbum Street Survivors (1977) foi recolhido. O motivo do recolhimento foi a sua capa, que mostrava todos os integrantes da banda em uma rua em chamas, o que incluía os que morreram no acidente. O álbum foi relançado semanas depois com uma capa diferente, sem as chamas ao fundo.

capa do Street Survivors (1977). Outra curiosidade é que uma chama está envolvendo a cabeça de Steve Gaines (de vermelho) por completo, foi outro motivo para que o álbum fosse recolhido das lojas após o acidente.
capa da versão relançada do Street Survivors (1977). 
Um fato interessante, por assim dizer, acontece quando observamos a história da banda. O álbum Gimme back my Bullets (1976), lançado 1 ano antes do acidente, tem uma música chamada All I Can do is Write About It, uma das minhas músicas favoritas do Lynyrd Skynyrd. Essa música foi escrita por Ronnie Van Zant e fala sobre a vida que ele tinha no interior do Alabama, correndo nos campos e brincando, um grande sentimento de nostalgia. Ele ainda acrescenta que isso tudo estava acabando, porque a urbanização estava chegando ao campo, vagarosamente, mas estava chegando, e o interessante é justamente o refrão da música, onde ele diz: "Eu posso ver o concreto se espalhando devagar, Senhor me tire daqui antes que isso chegue". Coincidência ou não, 1 ano após essa música, aconteceu o acidente que tirou Ronnie Van Zant desse mundo.

A fase Ronnie Van Zant foi excelente, é dela que saem todos os clássicos do Lynyrd Skynyrd. Apesar do encerramento das atividades após o acidente, 10 anos depois, o irmão de Ronnie, Johnny Van Zant, reuniu os antigos membros da banda e colocou o Lynyrd Skynyrd de volta no circuito mundial do rock'n'roll. Vários álbuns foram lançados e novos clássicos surgiram, como Red, White and Blue e The Last Rebel. Apesar de velhos, eles continuam fazendo shows hoje em dia e virão ao Brasil pela primeira vez agora em novembro, de fato uma grande conquista para o nosso país.
Lynyrd Skynyrd com Johnny Van Zant nos vocais. Destaque para Gary Rossington (à direita), único membro da formação original remanescente na banda e sobrevivente do acidente de avião.
Para homenagear essa grande banda, que sempre pregou a liberdade, vamos encerrar essa postagem com o seu maior clássico, Free Bird, relembrando a formação clássica do Lynyrd Skynyrd:

sábado, 15 de outubro de 2011

Dica de álbum: La Renga - Despedazado por mil partes (1996)

capa do Despedazado por mil partes (1996). Um detalhe sobre essa capa é que se virarmos ela ao contrário, a imagem do centro se transformar em um anjo caindo.
Faz tempo que não ponho nenhuma dica de álbum aqui para vocês, então vamos acabar com isso. Estou apresentando uma banda da Argentina que conheci há pouco tempo, o La Renga.

O La Renga faz um hard rock com elementos de blues, o que deixa as músicas com um caráter bem característico. Eles cantam em espanhol, mas isso não é um empecilho para que suas brilhantes letras sejam apreciadas. O Despedazado por mil partes (1996) é o álbum que contém a maior quantidade de músicas importantes para a carreira do La Renga, como La Balada del Diablo Y la Muerte e El Final es en donde Parti, sem falar em Hablando de la Libertad, música obrigatória em qualquer show deles.
La Renga: Chizzo (guitarra), Tete (baixo) e Tanque (bateria). Fazendo menção ainda a Manu (gaita e saxofone).
O Brasil nunca lembrou do La Renga, nem o La Renga lembrou do Brasil. Em mais de 20 anos de carreira, eles nunca vieram por aqui, ficando restrito somente à Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai, onde eles lotam estádios. Está aí o DVD La Renga en El Ojo del Huracan (2006) que não me deixa mentir, onde eles lotaram de fãs o Monumental de Nuñez, estádio do River Plate, em Buenos Aires. Mas, na turnê desse álbum, eles chegaram a fazer shows no México e Estados Unidos, mostrando toda dimensão que eles ganharam, após lançar esse grande trabalho.

Eles não possuem gravadora no Brasil, então encontrar um álbum deles para vender aqui no nosso país é praticamente impossível. Para quem quiser adquirir produtos do La Renga, eu aconselho o Mercado Libre (o Mercado Livre da Argentina). Então, concluindo, para quem gosta de um hard rock bem executado, tenho certeza que vai gostar do La Renga.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Prosa Rock: A Batalha de Gettysburg

A batalha de Gettysburg: União à esquerda e Confederados à direita.
A história é algo que sempre me fascinou, por pouco deixei de cursar Engenharia para poder fazer História. De todos os episódios da história do mundo, um dos meus favoritos é a Guerra Civil nos Estados Unidos, paixão motivada pelos filmes de faroeste e HQ's italianos que marcaram a minha infância.

Após a independência dos EUA, o conflito de interesses entre o lado Norte (União) e Sul (Confederados) do país levou a uma guerra, o que culminou em uma das batalhas mais sangrentas da história, a batalha de Gettysburg.

A grandiosidade desse evento motivou Jon Schaffer, guitarrista e líder do Iced Earth, a contar toda a história de Gettysburg em uma música épica. Os três dias de batalha (de 1 a 3 de julho de 1863) foram resumidos em três atos, totalizando os 33 minutos da música Gettysburg (1863), que faz parte do álbum The Glorious Burden (2004) do Iced Earth.
Jon Schaffer, grande mentor do Iced Earth. Além disso ele é grande fã de História e possui uma loja de antiguidades chamada Spirit of 76, onde vende miniaturas sobre momentos da história, muito interessante.
A viagem por Gettysburg começa por A Devil to Pay, que inicia com o som do hino dos EUA sendo interrompido pelo som dos canhões no campo de batalha. O primeiro dia começou com vitória dos Confederados, que ainda conseguiram eliminar o general John Reynolds do Norte, uma grande perda no fim do dia. O destaque da música vai para as marchas militares da época, que foram transformadas em rock'n'roll orquestrado e incluídas na música, ficaram muito boas.

O segundo ato inicia com Brother Against Brother, uma conversa entre os generais Winfield Hancock e Lewis Armistead, grandes amigos que estavam lutando por lados opostos, um momento muito emocionalmente. O que gosto deste pequeno ato é a passagem: "Se por acaso eu tiver que brandir minha espada contra você, que Deus me mate". O ato continua em Hold at all Costs, a música que mais parece com as composições antigas do Iced Earth, com um refrão excelente. Esse ato foi inteiramente dedicado ao personagem favorito de Jon Schaffer de toda a Guerra Civil, o coronel Joshua Chamberlain. Ele foi um dos responsáveis por conter o ataque dos Confederados, segurando-os a todo custo, como nos diz o título da música.
capa do The Glorious Burden (2004), do Iced Earth.
O terceiro dia de batalha começou com uma chuva de balas de canhão, pelos Confederados. Segundo Abraham Lincoln, presidente da época, ele pôde sentir o chão tremer de dentro da Casa Branca. High Water Mark, terceiro ato de Gettysburg (1863), começa justamente nessa parte, com os canhões dando lugar a uma conversa entre o General Lee e seu subordinado James Longstreet, dos Confederados. Na ocasião eles discutiram um plano de ação arriscado para deter o avanço da União, que ganhara o segundo dia de batalha. O que mais gosto em High Water Mark, além do instrumental, é o final da música. O ato é encerrado com um lamento do General Lee, vendo o campo de batalha com os corpos de seus compatriotas do Sul, onde ele diz: "Eu olho para toda essa terra manchada de sangue, todo o sangue está em minhas mãos, eu fui o responsável, tudo foi minha culpa, o sangue está nas minhas mãos". Essa é a minha parte favorita de toda Gettysburg (1863), é um reconhecimento por tudo aquilo que aconteceu, por toda a grandiosidade da batalha.

Nunca antes na História uma banda dedicou tanto tempo à Gettysburg, foi realmente uma grande homenagem do Iced Earth a esse fato histórico. Além da parte instrumental brilhantemente composta, com orquestra e tudo o mais, o Iced Earth ainda incluiu efeitos sonoros de batalha em algumas partes, deixando a obra ainda mais teatral.
capa do DVD Gettysburg (2005).
Como citado, Gettysburg (1863) faz parte do álbum The Glorious Burden (2004), mas um filme foi feito para ela e lançado em DVD. O DVD Gettysburg (2005) contém o clipe para a música, com 33 minutos de duração, assim também como uma mixagem especial para ela. Além do filme, o DVD também faz uma viagem pelo campo de batalha, em Gettysburg, acompanhado de um guia histórico, fazendo deste item uma verdadeira relíquia para fãs de história também.

Para quem se interessou, abaixo vocês podem escutar Gettysburg (1863), a obra-prima do Iced Earth. A título de curiosidade, esses vídeos foram produzidos com imagens do filme Gettysburg, lançado nos anos 80:

A Devil to Pay:



Hold at all Costs:



High Water Mark:

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Resenha de Shows: Deep Purple (07/10/11 - Fortaleza/CE)

Eu poderia começar essa resenha com uma propaganda da MasterCard. Ingresso R$70,00...traslado Mossoró-Fortaleza R$50,00...reviver o passado pisando na areia da praia...não tem preço.

Era de manhã cedo quando comecei a cansativa viagem de Natal/RN para Mossoró/RN, e logo em seguida, de Mossoró/RN para Fortaleza/CE. Cheguei no início da noite e fiquei aguardando a abertura dos portões junto com todo mundo. O local do show não poderia ser melhor, a Barraca Biruta na Praia do Futuro, pisando na areia e escutando as ondas do mar.

Uma arena foi montada na praia em frente à Barraca Biruta. O que me surpreendeu foi o tamanho da arena e mais ainda, o público presente, que lotou a arena. Eu arrisco dizer que umas 10.000 pessoas estavam presentes para ver as lendas-vivas do Deep Purple executarem os seus clássicos no palco.

A banda República, de São Paulo/SP, abriu a noite executando clássicos do rock'n'roll e músicas próprias. Um show até que legal, se não fossem a quantidade excessiva de covers clichês e a constante lembrança da própria banda de que o Deep Purple tocaria em seguida. Dica do Rock'N'Prosa: "Execute o seu show e não se importe com que vem depois".

Respeitando a pontualidade britânica, exatemente às 23:00 a introdução começa a soar e Ian Pace (bateria), Roger Glover (baixo), Steve Morse (guitarra) e Don Airey (teclado e sintetizador) assumem seus lugares e começam a tocar Highway Star, um grande clássico, com a companhia logo em seguida de Ian Gillan, nos vocais.
Deep Purple no palco.
Logo de início pude constatar que apesar de velhos, eles ainda tem muito rock'n'roll no sangue. As músicas, apesar da voz aparentemente cansada de Ian Gillan, ganharam uma nova atmosfera, dada a habilidade ao vivo da banda. Eu confesso que já escutei muito Deep Purple de estúdio, mas nunca escutei nada ao vivo deles. O que eu vi no show foi algo que beira o fantástico, eles incluíram muitas jams nas músicas, não sei se para dá um descanso aos vocais de Ian Gillan, ou se para complementar ainda mais as músicas.

O show continuou com Hard Lovin' Man e Maybe I'm a Leo, mostrando toda a técnica de Steve Morse na guitarra. E logo em seguida veio mais um clássico, Strange Kind of Woman, para levantar novamente todos os presentes. Apesar de ser uma banda antiga com muitos clássicos, o Deep Purple soube dosar, executando clássicos e novas composições, o que deixou o show interessante, no meu ponto de vista. Um show lotado de clássicos é um show explosivo, um show em que você praticamente não presta atenção na banda porque está cantando as músicas, mas um show como o Deep Purple fez, faz você parar e observar a banda executando as músicas com maestria.

Ainda estiveram presentes Rapture of the Deep, Mary Long (a surpresa da noite) e Contact Lost, seguida de um fantástico solo de guitarra de Steve Morse. Essa foi uma das minhas partes favoritas do show, no final do solo a banda chegou junto e Ian Gillan iniciou When the Blind Man Cries, seguida de uma chuva de aplausos. Após esse clássico a banda ainda executou Lazy e outra pedreira, Knocking at your Back Door, música que depois do show já ficou sendo a minha favorita do Deep Purple, foi muito bem executada.
Don Airey e seu jogo de teclados e sintetizadores, no melhor estilo John Lord.
Logo após a banda executa No One Came e deixa o palco, ficando somente Don Airey, no seu estilo Charles Bronson, imerso no seu universo cheio de teclados e sintetizadores. Ele inicia sua viagem executando clássicos da música como Bach e Vivaldi, chegando até a executar Villa-Lobos. No final do seu solo ele emenda com o grande clássico Perfect Strangers, sendo acompanhado pelo restante da banda, outro grande momento do show. E daí em diante clássicos foi o que não faltou, vieram Space Truckin' e nada mais nada menos que Smoke on the Water, cantada por todos os presentes.

A banda deixa o palco, e com pouco tempo volta para o bis. Após uma breve jam a banda inicia Hush, do Billy Joe Royal, acompanhado por um solo épico de Ian Pace na bateria. Eu confesso que já vi muito baterista veloz, mas nenhum tem a técnica que Ian Pace tem, não tenho palavras para descrever aquilo. Antes de encerrar a noite, todos ainda foram brindados com um solo de baixo de Roger Glover (a simpatia em pessoa, vale salientar) e em seguida Ian Pace puxou Black Night, mais um grande clássico para encerrar de vez esse grande show.
o bom velhinho Roger Glover e Ian Pace, mestre da bateria.
Como falei no início da resenha, a viagem foi cansativa, mas valeu a pena cada kilômetro rodado para assistir o show. Mesmo com mais de 40 anos de carreira, os caras continuam mandando muito bem, e sem contar na oportunidade de poder ver lendas-vivas do rock'n'roll, não é todo dia que isso acontece.

É isso, web-leitores, espero que tenham gostado dessa resenha, e até o nosso próximo show.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Pure Rock: Brasil anos 80


Voltando com força total com "Pure Rock" no Rock'N'Prosa, o lugar onde você encontra o rock'n'roll no seu mais alto grau de pureza. Decidi hoje voltar um pouco no tempo e falar sobre o rock no Brasil nos anos 80. Eu não tenho muita autoridade nesse assunto, pois li muito pouco, mas vou usar o pouco que sei para contemplar toda essa geração.

Quando eu penso em rock no Brasil nos anos 80 a primeira coisa que me vem à cabeça é a Ditadura Militar, tema favorito de quase todas as bandas. Então, sem perder tempo, vamos ao nosso "Pure Rock".

#1 - Capital Inicial - Veraneio Vascaína (Capital Inicial, 1986)
Começando logo com o maior clássico da "era militar" no Brasil. Uma música que abertamente critica o comportamento rígido exercido pelos donos do poder, os militares. O nome "Veraneio" está ligado ao veículo utilizado pela polícia da época, fabricado pela Chevrolet e "Vascaína" às cores da mesma (cores do Clube de Regatas Vasco da Gama). O que gosto dessa época é a criatividade das músicas, porque as críticas eram implícitas, nunca eram abertas. Um fato histórico aconteceu em 2008, quando o Capital Inicial realizou um show na Esplanada dos Ministérios, em Brasília/DF, e executou essa música em frente ao mesmo prédio que proibiu a execução dela nas rádios na época. Esse momento foi registrado no DVD Capital Inicial em Brasília (2008): 


#2 - Titãs - Bichos Escrotos (Cabeça Dinossauro, 1986)
Falar de rock brasileiro e não falar de Titãs é o mesmo que falar de futebol e não citar Pelé. A carreira do Titãs nos anos 80 é fantástica, um álbum bom atrás do outro. Nos anos 90 eles não foram tão bons, mas ultimamente têm surpreendido com uma sonoridade voltada para o passado. Bichos Escrotos é uma das minhas favoritas de todas as músicas deles e fala sobre "bichos" que contaminam a sociedade, uma temática bem profunda se formos analisar. Destaque para o épico grito "Vão se f#%$*!!"



#3 - Os Paralamas do Sucesso - Fui eu (O Passo do Lui, 1984)
Mais outra referência do rock nacional nos anos 80. O Paralamas do Sucesso veio com uma abordagem mais "leve", quando comparado com Titãs e Capital Inicial, incorporando um pouco de reggae nas suas músicas. Eles chegaram a tocar no Rock In Rio I, em 1985, o que deu uma grande alavancada na carreira deles. Um acidente quase vitimou o mentor Hebert Viana, mas não foi o suficiente para fazer a banda parar, e eles hoje ainda continuam detonando todo o Brasil com sua excelente música.


#4 - Sepultura - Beneath the Remains (Beneath the Remains, 1989)
Indo para o lado mais pesado do rock nacional, temos o Sepultura, banda que praticamente apresentou o rock brasileiro ao resto do mundo. Beneath the Remains é o título do segundo álbum deles e traz todo o peso e agressividade que deixou a banda famosa em todo o mundo. A formação original hoje não existe mais, mas o Sepultura continua detonando todo o mundo com o seu rock pesado.


#5 - Viper - Living for the Night (Theatre of Fate, 1989)
Encerrando com um dos maiores clássicos do rock pesado nacional. O Viper foi uma banda formada por Pit e Yves Passarell, que hoje estão no Capital Inicial e lançou o grande vocalista André Matos. Os álbuns Solders of Sunrise (1987) e Theatre of Fate (1989) são duas relíquias, com excelentes músicas. Living for the Night é o maior clássico do Viper e música amplamente cantada pelo público quando executada em shows. Nada melhor do que encerrar essa viagem de volta aos anos 80 no Brasil com ela.

Espero que tenham gostado desta viagem, e até o próximo "Pure Rock" com muito mais rock'n'roll. 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Nando Reis na Terra da Liberdade

Nando Reis.
Voltando para a minha querida cidade-natal sou brindado com mais um show do grande Nando Reis. Após assisti-lo esse ano em Canoa Quebrada/CE (confiram a resenha AQUI), e perder o show em Florianópolis/SC, marquei novamente presença no show do George Harrison brasileiro, mas agora em Mossoró/RN. O show da turnê Bailão do Ruivão foi agora iluminado pelas comemorações da Festa da Liberdade, comemorando a libertação dos escravos da cidade de Mossoró/RN, anos antes da Lei Áurea abolir a escravatura no Brasil. Esse fato foi lembrado por Nando Reis durante todo o show, ressaltando a importância da liberdade nas nossas vidas.
pôster da Festa da Liberdade 2011, em Mossoró/RN.
Para quem se interessou, a Festa da Liberdade acontece todos os anos em Mossoró/RN no final de setembro. Além dos shows diversificados culturalmente, o espetáculo teatral Auto da Liberdade marca presença, contando a história da cidade de Mossoró/RN, muito interessante. Para os fãs de rock'n'roll que ainda não conhecem a cidade, já sabem para onde ir no fim de setembro, vocês não se arrependerão.

Voltando a Nando Reis. A praça de eventos, ao lado da Estação das Artes Eliseu Ventania, em Mossoró/RN, estava tomada por um público de 30.000 pessoas aproximadamente para presenciar esse grande evento. O que mudou do show em Mossoró/RN para o show em Canoa Quebrada/CE foi a maior inclusão de músicas próprias no presente show. Não vou entrar em detalhes sobre o show, mas basta dizer que a abertura ficou por conta de Sou Dela, e também estiveram presentes no set-list Luz dos Olhos, Relicário e All-Star, músicas que ficaram de fora do show em Canoa Quebrada/CE, além das quase obrigatórias Por Onde Andei, Cegos do Castelo e Bichos Escrotos.

Antes do show o Rock'N'Prosa conseguiu bater um rápido papo com Nando Reis, abaixo está a transcrição.
Nando Reis em entrevista ao Rock'N'Prosa. Agradecimentos a Petras Vinicius pela força. (foto: Mais CLICK, por Cláudio Roberto).
RNP: Você recentemente lançou o DVD Bailão do Ruivão, e o interessante desse DVD é a presença de músicas que não são tipicamente rock'n'roll. Esse DVD é uma forma que você achou de tentar quebrar as barreiras entre o rock e a sociedade?

Nando Reis: Nunca tinha pensado por esse ângulo, na verdade eu mesmo não me trato como "roqueiro". Eu acho esse rótulo, ou essa categoria no qual me enquadro, pode servir para analisar o tipo de música que eu faço, mas não o tipo de pessoa que eu sou e nem o tipo de música que eu ouço. E esse disco eu gravei talvez para mostrar justamente que aquilo que eu ouço não se parece necessariamente com o tipo de música que eu faço. Justamente porque a música que eu faço pretende pelo menos ser original.

No final do depoimento ainda recebi um elogio do próprio Nando Reis pela pergunta, nas palavras dele: "Boa pergunta, gostei, tem cada jornalista que me pergunta cada uma". Esqueci de acrescentar para ele que sou um simples engenheiro fã de rock'n'roll. Concluindo, O show foi épico, tão bom quanto o primeiro que eu assisti esse ano. Nando Reis é de fato um dos maiores nomes do rock'n'roll nacional. E fica aqui o agradecimento pela rápida conversa, pelo autógrafo e o principal, pelo show.

Eu não possuo imagens do show, mas quem quiser conferir dê um pulo no álbum oficial do show AQUI.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sou colecionador: Rodrigo Maia

Voltando com a nossa coluna dedicada as coleções por esse Brasil, inspirada no quadro criado pelo Collector's Room. O nosso bate-papo de hoje é com Rodrigo Maia, a quem novamente agradeço pela participação.

RNP: Para começar o nosso rápido bate-papo, se apresente para os nossos web-leitores.
Rodrigo: Me chamo Rodrigo Maia, tenho 34 anos, habito a cidade de Jaú, interior de São Paulo, e sou um humilde amante do rock e heavy metal.
vista geral da coleção.
RNP: Pelas imagens da sua coleção posso ver que seu estilo preferido é o rock, mais especificamente o metal, não? Conte-nos como você começou a ser um autêntico fã de rock?
Rodrigo: Sim, meu gosto é basicamente por esses estilos, mas ouço também alguma coisa de hip hop, e algumas variações de rock.  Quanto ao meu gosto por rock, começou quando eu tinha meus 12, 13 anos, na época do colégio. Comigo aconteceu o que deve ter acontecido com muita gente, pelo menos da mesma geração que eu. Um amigo da escola aparecia com um disco (sim, naquela época era disco, bolachão de vinil mesmo, afinal de contas era 1990, por aí...) do irmão mais velho, do primo, do tio, e a molecada se reunia em torno do toca-discos pra ficar ouvindo. Quando pintava um lançamento então, daí era loucura, todo mundo doido pra ver quem conseguia arrumar pra ouvir. Logo em seguida veio o Rock in Rio 2 (1991), daí não tinha mais jeito, eu já era do rock.

RNP: A coleção de CD’s é algo indescritível, principalmente para os colecionadores. Quando você percebeu que havia deixado de ser um simples fã para se tornar um colecionador?
Rodrigo: Bom, eu me considero um colecionador desde o momento que consegui meu primeiro CD .  Foi o Black Album do Metallica, até hoje tenho ele, bem velhinho, mas inteiro. Sempre fui cuidadoso com as minhas coisas, e até hoje não é diferente. E o passar do tempo só fez aumentar a minha vontade de sempre ter mais CD's, principalmente das bandas que eu mais gosto, porque vejo um CD como uma jóia. 
Itens do Faith no More.
RNP: Sua coleção é o seu único hobby? Atualmente quantos itens fazem parte dela?
Rodrigo: Sim, hoje em dia me dedico bastante à minha coleção de CD's, não tanto quanto gostaria, seja por razões de tempo e principalmente financeiras, mas estou sempre me ligando em lançamentos, reedições, etc. Até hoje não fiz uma contagem de quantos CD's eu tenho, mas creio que deve estar em torno de 300 a 350 CD's, o que pra muita gente, principalmente meus pais, é uma loucura total....(risos)

RNP: Eu sei que nós, colecionadores, tratamos nossos CD’s como se fossem nossos filhos. Mas, sempre existe aquele “filho favorito”. De todos os seus itens qual é o seu favorito, ou seja, aquele que você não emprestaria nem para a sua mãe?
Rodrigo: Olha só, eu sinceramente não tenho um item em especial que considero mais que outro, mas tem alguns sim que são uns “xodozinhos”, como a caixa BIG FOUR, com o primeiro show dos quatro grandes, na Bulgária, uma edição com 4 CD's e 2 DVD's, o “Chemical Wedding” do Bruce Dickinson, que está autografado por ele, e a caixa Eddie's Archive, que é um item raríssimo hoje em dia e muito valioso. Mas pensando bem, acho que meu xodó é a coleção de CD's do Iron Maiden que saiu pela gravadora Castle, em 1995. São os 10 primeiros CD's, em versão dupla com os singles de cada álbum. Esses são itens que sinto orgulho em ter na coleção.  Agora quanto a emprestar para a minha mãe, eu fico tranqüilo, porque ela nunca pediria emprestado nenhum CD da minha coleção, não é o estilo dela....(risos)
Chemical Wedding (1998) autografado por Bruce Dickinson.
box do Big Four, com os shows do Anthrax, Megadeth, Slayer e Metallica, filmados em Sofia, na Bulgária. O interessante sobre esse show é que ele foi transmitido ao vivo para salas de cinema de todo o mundo, inclusive no Brasil.

RNP: Um dos grandes desafios da coleção é conseguir itens. Eu mesmo costumo entrar em qualquer loja de discos que esteja ao meu alcance, sempre buscando novos itens. Qual você acha ser a melhor forma de adquirir itens para a coleção? E se tiver, conte alguma história de algum lugar estranho onde você comprou algum item.
Rodrigo: Cara, quem curte e gosta mesmo da coleção, faz qualquer coisa pra conseguir um item novo pra ela. Eu mesmo, todo dia fico passeando pelos sites de leilão, lojas virtuais em busca de promoções e tal. Hoje em dia, até mesmo pelo fato de praticamente não existir mais lojas físicas de CD's, compro quase tudo pela internet, seja CD novo ou usado.  Quando eu morei na Irlanda, eu fazia o mesmo roteiro todo dia quando saía do trabalho. No caminho, eu passava em frente a 3 lojas de CD's, então todo dia entrava nelas, nem que fosse só para olhar, e o mais interessante de lá é que havia muitas lojas de CD's usados, os populares sebos. E quase sempre tinha muita coisa boa neles, e muito baratos. Não é à toa que voltei com uma mala cheia de CD's de lá. Acho que o lugar mais inusitado até hoje que eu comprei um CD foi em um posto de gasolina em uma estrada, só não vou lembrar qual CD que foi, porque me senti na obrigação de comprar. Estava viajando de carona com um amigo, ele estava sem nenhum CD no carro e só pegava rádio AM. Aí não tinha condição mesmo.
Piece of Mind (1983) em sua versão lançada pela gravadora Castle, de fato uma raridade.
RNP: Todo colecionador tem aquele item dos sonhos, aquele item que está reservado para quando ganharmos na Mega Sena, por assim dizer. Você poderia compartilhar o seu conosco?
Rodrigo: Bom, tem alguns itens por aí que sinceramente adoraria que fizessem parte da minha coleção.  Como atualmente estou mais focado em conseguir itens do Iron Maiden, que é minha banda favorita, meu sonho de consumo é a Eddie's Head, uma caixa que tem o formato da Eddie, mascote da banda, que tem os olhos que piscam e toda a coleção do Maiden em CD's enhanced (multimídia), apesar de já ter esses CD's. Mas acho que essa “cabeça” na coleção seria sensacional.
Álbuns do Iron Maiden, formando o Eddie, capa do Iron Maiden (1980).
RNP: Vamos falar agora um pouco sobre música. O que você tem escutado ultimamente?
Rodrigo: Cara, basicamente rock e heavy metal (risos). Mas, ultimamente tenho ouvido algumas bandas mais novas como System of A Down , Queens Of The Stone Age. Mas, acabo sempre caindo nos clássicos (Maiden, Slayer , Sepultura, Metallica, Megadeth e Pantera). Gosto de estar sempre ouvindo de tudo.
Seasons in the Abyss (1990), do Slayer.
Vulgar Display of Power (1992), do Pantera.
RNP: Eu vi essa pergunta em uma entrevista e gostaria de repassá-la para você. De todos os álbuns que você já escutou na vida, eleja os 5 melhores.
Rodrigo: Vou enumerar os 5 que eu tenho na minha coleção :
1º - Iron Maiden – Piece Of Mind
2º - Metallica – …And Justice For All
3º - Megadeth – Rust In Peace
4º - Pantera – Vulgar Display Of Power
5º - Slayer – Seasons In The Abyss
Rust in Peace (1990), do Megadeth.
...And Justice For All (1988), do Metallica.
RNP: Chegamos ao fim do nosso pequeno bate-papo, esse espaço agora é seu, deixe uma mensagem para os nossos web-leitores fãs de rock’n’roll.
Rodrigo: Victor, agradeço a oportunidade de ter dado minha humilde colaboração para o blog. Desejo que todos continuem sempre ouvindo boa música, e se essa música for rock, melhor ainda...(risos).  E longa vida ao rock and roll!!