quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Prosa Rock: Quando a Física encontrou o Rock

No “Prosa Rock” vou tentar discutir um pouco sobre qualquer assunto relacionado ao rock n’roll que eu consiga pensar. Para inaugurar essa seção decidi homenagear uma banda que fez história e principalmente, um guitarrista o qual admiro muito. Estamos falando aqui do Queen e de Brian May.

Brian May, o curioso é que ele fabrica as próprias guitarras

Brian May é um músico inglês, guitarrista da banda Queen, mas o que muita gente não sabe é que ele é doutor em física e matemática, pelo Imperial College de Londres, onde estudou a luz refletida das poeiras interplanetárias e a velocidade da poeira no plano do Sistema Solar. Mas, aproximadamente em 1973, quando o Queen foi se tornando um sucesso, ele teve que abandonar o seu doutorado. Durante todo esse tempo ele se dedicou ao Queen, mas em 14 de maio de 2008, mais de 30 anos depois de ter abandonado o doutorado, Brian May se graduou no Royal Albert Hall, apresentando sua tese, intitulada “A Survey of Radial Velocities in the Zodiacal Dust Cloud”.

Mas, o motivo principal desse texto é falar sobre algo que aconteceu no ano de 1975. O Queen lançou o álbum A Night at the Opera, apontado por muitos como o seu melhor trabalho. Esse álbum possui uma música chamada ’39, que é uma das músicas do Queen que eu mais gosto. Não vou me prender muito na melodia da música, vocês podem conferir ela no final do texto.

Capa do A Night at the Opera.

O que gostaria de enfatizar é a letra dessa música. Brian May decidiu escrever algo envolvendo a astrofísica, e o fez em ’39. A música trata de uma pequena estória de ficção envolvendo 20 voluntários, que deixam uma Terra quase morta em uma nave espacial em busca de novos mundos para habitar. É exatamente nesse momento que entram em cena os ensinamentos de Einstein e a sua Teoria da Relatividade.

Os voluntários voltam, 100 anos depois no calendário, mas para eles somente 1 ano havia se passado (por causa da dilatação do tempo, resultado da viagem na velocidade de luz). Para entender melhor sobre o que eu estou falando basta ler um pouco sobre a Teoria da Relatividade e os postulados de Einstein, nada muito complicado.

Brian May deixa entender que quando o protagonista da música volta para a Terra, ele encontra sua filha, e consegue ver sua esposa (já falecida) pelos olhos da filha. Todo esse fato de terem se passado 100 anos, reservam o destino triste do protagonista da música, justamente pelo fato de todos os seus amigos terem morrido.

O nome da música não aparece em nenhum momento na letra, o curioso sobre ela é que esse nome surgiu porque ela é exatamente a trigésima – nona composição do Queen, daí o nome ’39.

Confiram agora a letra e vídeo dessa grande música do Queen:




In the year of '39
Assembled here the volunteers
In the days when lands were few.
Here the ship sailed out into the blue and sunny mornin',
The sweetest sight ever seen.
And the night followed day,
And the storytellers say
That the score brave souls inside
For many a lonely day
Sailed across the milky seas
Ne'er looked back, never feared, never cried.

Don't you hear my call
Though you're many years away?
Don't you hear me calling you?
Write your letters in the sand
For the day I take your hand
In the land that our grandchildren knew.

In the year of '39
Came a ship in from the blue,
The volunteers came home that day.
And they bring good news
Of a world so newly born,
Though their hearts so heavily weigh.
For the earth is old and grey
To a new home we'll away,
But my love this cannot be,
For so many years have gone
Though I'm older but a year
Your mother's eyes from your eyes cry to me.

Don't you hear my call
Though you're many years away?
Don't you hear me calling you?
Write your letters in the sand
For the day I'll take your hand
In the land that our grandchildren knew.

Don't you hear my call
Though you're many years away?
Don't you hear me calling you?
All your letters in the sand
Cannot heal me like your hand,
For my life
Still ahead.
Pity me.

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